quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Receita libera consulta ao 4º lote de restituição na próxima 2ª
Receita libera consulta ao 4º lote de restituição na próxima 2ª
Consulta poderá ser feira na página da Receita Federal e pelo 0300-789-0300
Tamanho do texto? A A A A
SÃO PAULO - A partir das 8 horas da manhã da próxima segunda-feira, dia 10, a Receita Federal vai liberar a consulta ao 4º lote de restituições de Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), referentes ao exercício de 2007, ano-calendário de 2006. A consulta poderá ser feira na página da Receita Federal do Brasil e pelo 0300-789-0300.
Serão liberadas 1.510.657 declarações. Desse total, 1.225.278 contribuintes com imposto a restituir correspondendo a R$ 1.199.999.921,28; 80.773 contribuintes com imposto a pagar correspondendo a R$ 64.422.586,45; e 204.606 contribuintes sem saldo de imposto a pagar ou a restituir.
O dinheiro estará disponível para saque no dia 17 e terá correção total de 4,9%, correspondentes à taxa Selic de maio a agosto e 1% de setembro.
O contribuinte com direito à restituição que não solicitou crédito em conta poderá fazê-lo a partir do dia 17 de setembro de 2007. Os valores estarão disponíveis no Banco do Brasil (BB), onde o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para o "BB responde 4004-0001 nas capitais ou 0800-729-0001 nas demais localidades" (ligação gratuita) para agendar o crédito em conta corrente ou de poupança em seu nome, em qualquer banco.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate neste prazo, deverá requerê-la mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, disponível na Internet, caso não concorde com o valor da restituição, poderá receber a importância disponível no banco e reclamar a diferença junto à unidade local da Receita Federal.
Consulta poderá ser feira na página da Receita Federal e pelo 0300-789-0300
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SÃO PAULO - A partir das 8 horas da manhã da próxima segunda-feira, dia 10, a Receita Federal vai liberar a consulta ao 4º lote de restituições de Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), referentes ao exercício de 2007, ano-calendário de 2006. A consulta poderá ser feira na página da Receita Federal do Brasil e pelo 0300-789-0300.
Serão liberadas 1.510.657 declarações. Desse total, 1.225.278 contribuintes com imposto a restituir correspondendo a R$ 1.199.999.921,28; 80.773 contribuintes com imposto a pagar correspondendo a R$ 64.422.586,45; e 204.606 contribuintes sem saldo de imposto a pagar ou a restituir.
O dinheiro estará disponível para saque no dia 17 e terá correção total de 4,9%, correspondentes à taxa Selic de maio a agosto e 1% de setembro.
O contribuinte com direito à restituição que não solicitou crédito em conta poderá fazê-lo a partir do dia 17 de setembro de 2007. Os valores estarão disponíveis no Banco do Brasil (BB), onde o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para o "BB responde 4004-0001 nas capitais ou 0800-729-0001 nas demais localidades" (ligação gratuita) para agendar o crédito em conta corrente ou de poupança em seu nome, em qualquer banco.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate neste prazo, deverá requerê-la mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, disponível na Internet, caso não concorde com o valor da restituição, poderá receber a importância disponível no banco e reclamar a diferença junto à unidade local da Receita Federal.
As notícias de hoje, 06/09, são:
As notícias de hoje, 06/09, são:
Crédito imobiliário no Brasil:
- Crédito imobiliário é pouco representativo no Brasil
FGTS:
- Rentabilidade dos saldos do FGTS pode subir
- Grupo vai discutir como remunerar melhor FGTS
Salão do imóvel - RJ:
- Casa própria
Notícia - Crédito imobiliário no Brasil:
Crédito imobiliário é pouco representativo no Brasil
A crise de crédito imobiliário nos Estados Unidos, que derrubou os mercados financeiros em todo o mundo, serviu de alerta e resultou em uma avaliação positiva da qualidade da expansão do crédito no Brasil. O Ministério da Fazenda avalia que a expansão brasileira está ocorrendo em bases sólidas e saudáveis, sem a necessidade de intervenção do Estado com novas regulamentações para a diminuição de riscos.
"O crédito está crescendo de forma gradual e com bastante segurança", disse o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Otávio Dâmaso. O crédito imobiliário no Brasil ainda é pouco representativo, se comparado com a situação norte-americana. Enquanto o total de recursos ofertados para a compra de um imóvel no País está em torno de 2% do PIB, nos Estados Unidos atinge 70% do PIB.
Na avaliação do governo, há possibilidade de expansão do crédito no Brasil de forma significativa nos próximos anos em decorrência da melhoria do ambiente macroeconômico e dos avanços institucionais recentes. Segundo Dâmaso, as instituições financeiras são extremamente conservadoras e ainda têm grande margem de alavancagem nas operações. "Não há porque o Estado fazer novas regulamentações. Vemos com muita naturalidade e tranqüilidade essa expansão", avaliou.
A crise no mercado imobiliário dos Estados Unidos, detonada no segmento "subprime" (empréstimos de risco para mutuários com histórico ruim), servirá de "case" para o crescimento do sistema de crédito imobiliário brasileiro, que foi construído seguindo, em parte, o modelo norte-americano.
Apesar de algumas semelhanças, o secretário ressaltou que a estrutura do mercado brasileiro é bastante diferente da dos Estados Unidos, onde o setor, em forte expansão há mais de 15 anos, já explorou "fronteiras" de risco dos clientes, de ótimos pagadores, bons, regulares até chegar no "subprime".
Diferentemente do mercado americano, onde as empresas são os primeiros financiadores e depois vendem o crédito no mercado secundário, no Brasil são os bancos os principais credores. Nos Estados Unidos, o financiamento pode corresponder a até 100% do imóvel e, em alguns casos, até acima desse valor. No Brasil, os bancos emprestam no máximo 70% e, na média, 50%. "Os bancos no Brasil trabalham com folga nas garantias", disse.
Segundo o secretário, o mercado secundário de crédito imobiliário no Brasil ainda "engatinha" e deve expandir-se nos próximos anos com a oferta maior dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e das Letras de Crédito Imobiliário (LCI). O governo, informou, observa um crescimento sustentável do crédito consignado, que é concedido com a garantia do salário do trabalhador, e o direcionado à compra de automóveis.
"A retomada do carro é muito rápida e com grande liquidez", disse ele, destacando que os bancos são extremamente conservadores na análise do cadastro dos clientes na hora de emprestar. A implantação do Cadastro Positivo - bancos de dados com histórico de crédito dos clientes - vai auxiliar ainda mais o trabalho de análise para a concessão de crédito, afirmou. O projeto de lei está em tramitação no Congresso.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Notícias - FGTS:
Rentabilidade dos saldos do FGTS pode subir
Melhorar o rendimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É o que estuda o governo federal, que criou ontem grupo de trabalho com representantes de cinco centrais sindicais para discutir como aumentar a rentabilidade paga aos trabalhadores. Atualmente, os saldos das contas são corrigidos conforme a variação da TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano.
“Não são todas as centrais que estão representadas no Conselho Curador do FGTS. Por isso, foi solicitada uma comissão com representantes de todas as centrais”, explicou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que não adiantou qual será a linha de discussão do grupo.
“Terá de ser uma solução que não prejudique os 5 milhões de mutuários do Sistema Financeiro da Habitação”, disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP).
O dinheiro do FGTS é utilizado para financiar a aquisição da casa própria. Os sindicalistas querem uma solução que proporcione maior ganho ao trabalhador, mas que não eleve os juros cobrados do mutuário. O FGTS, hoje, perde para a inflação.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, uma solução seria reduzir a remuneração paga à Caixa Econômica Federal, que administra o Fundo de Garantia. “A Caixa teve lucro de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão é do trabalhador. Ela ganhou com nosso dinheiro”, frisou Paulinho, da Força Sindical.
Carlos Lupi evitou entrar na polêmica. “Isso é algo que o grupo de trabalho vai avaliar”, disse o ministro. Outra maneira de ampliar os ganhos do FGTS defendida pelo deputado é reabrir a possibilidade de o trabalhador investir em ações.
Paulinho lembrou que tinha R$ 36 mil em sua conta quando foi autorizada a aplicação em ações da Vale e Petrobras. A metade que não foi aplicada hoje representa R$ 27.500. A que foi aplicada está em R$ 152 mil.
Fonte: O Dia
Grupo vai discutir como remunerar melhor FGTS
Centrais sindicais e governo vão criar um grupo de trabalho com o objetivo de estudar formas de garantir maior remuneração para as contas do FGTS. Para os sindicatos, será preciso encontrar um modelo que não prejudique os trabalhadores que compraram a casa própria com recursos do fundo. "Esse estudo que será feito passa por discutir quem paga e qual o impacto no sistema de habitação e no crédito imobiliário", afirmou Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
As contas do FGTS são remuneradas pela Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. Parte dos recursos do fundo é destinada para o financiamento de programas para aquisição da casa própria. Os mutuários que fazem parte desses programas pagam prestações que também levam em conta a TR mais uma taxa de juros, que varia de acordo com a renda familiar.
Fonte: Valor Econômico
Notícia - Salão do imóvel - RJ:
Casa própria
Márcia Peltier - Jornal do Commércio/RJ
O Banco Real vai sortear um apartamento durante o Salão do Imóvel do Rio. O objetivo do evento é impulsionar as vendas da casa própria, com mais de oito mil ofertas de imóveis no estacionamento do Casa Shopping, em outubro. São esperados cerca de 30 mil visitantes.
Crédito imobiliário no Brasil:
- Crédito imobiliário é pouco representativo no Brasil
FGTS:
- Rentabilidade dos saldos do FGTS pode subir
- Grupo vai discutir como remunerar melhor FGTS
Salão do imóvel - RJ:
- Casa própria
Notícia - Crédito imobiliário no Brasil:
Crédito imobiliário é pouco representativo no Brasil
A crise de crédito imobiliário nos Estados Unidos, que derrubou os mercados financeiros em todo o mundo, serviu de alerta e resultou em uma avaliação positiva da qualidade da expansão do crédito no Brasil. O Ministério da Fazenda avalia que a expansão brasileira está ocorrendo em bases sólidas e saudáveis, sem a necessidade de intervenção do Estado com novas regulamentações para a diminuição de riscos.
"O crédito está crescendo de forma gradual e com bastante segurança", disse o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Otávio Dâmaso. O crédito imobiliário no Brasil ainda é pouco representativo, se comparado com a situação norte-americana. Enquanto o total de recursos ofertados para a compra de um imóvel no País está em torno de 2% do PIB, nos Estados Unidos atinge 70% do PIB.
Na avaliação do governo, há possibilidade de expansão do crédito no Brasil de forma significativa nos próximos anos em decorrência da melhoria do ambiente macroeconômico e dos avanços institucionais recentes. Segundo Dâmaso, as instituições financeiras são extremamente conservadoras e ainda têm grande margem de alavancagem nas operações. "Não há porque o Estado fazer novas regulamentações. Vemos com muita naturalidade e tranqüilidade essa expansão", avaliou.
A crise no mercado imobiliário dos Estados Unidos, detonada no segmento "subprime" (empréstimos de risco para mutuários com histórico ruim), servirá de "case" para o crescimento do sistema de crédito imobiliário brasileiro, que foi construído seguindo, em parte, o modelo norte-americano.
Apesar de algumas semelhanças, o secretário ressaltou que a estrutura do mercado brasileiro é bastante diferente da dos Estados Unidos, onde o setor, em forte expansão há mais de 15 anos, já explorou "fronteiras" de risco dos clientes, de ótimos pagadores, bons, regulares até chegar no "subprime".
Diferentemente do mercado americano, onde as empresas são os primeiros financiadores e depois vendem o crédito no mercado secundário, no Brasil são os bancos os principais credores. Nos Estados Unidos, o financiamento pode corresponder a até 100% do imóvel e, em alguns casos, até acima desse valor. No Brasil, os bancos emprestam no máximo 70% e, na média, 50%. "Os bancos no Brasil trabalham com folga nas garantias", disse.
Segundo o secretário, o mercado secundário de crédito imobiliário no Brasil ainda "engatinha" e deve expandir-se nos próximos anos com a oferta maior dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e das Letras de Crédito Imobiliário (LCI). O governo, informou, observa um crescimento sustentável do crédito consignado, que é concedido com a garantia do salário do trabalhador, e o direcionado à compra de automóveis.
"A retomada do carro é muito rápida e com grande liquidez", disse ele, destacando que os bancos são extremamente conservadores na análise do cadastro dos clientes na hora de emprestar. A implantação do Cadastro Positivo - bancos de dados com histórico de crédito dos clientes - vai auxiliar ainda mais o trabalho de análise para a concessão de crédito, afirmou. O projeto de lei está em tramitação no Congresso.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Notícias - FGTS:
Rentabilidade dos saldos do FGTS pode subir
Melhorar o rendimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É o que estuda o governo federal, que criou ontem grupo de trabalho com representantes de cinco centrais sindicais para discutir como aumentar a rentabilidade paga aos trabalhadores. Atualmente, os saldos das contas são corrigidos conforme a variação da TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano.
“Não são todas as centrais que estão representadas no Conselho Curador do FGTS. Por isso, foi solicitada uma comissão com representantes de todas as centrais”, explicou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que não adiantou qual será a linha de discussão do grupo.
“Terá de ser uma solução que não prejudique os 5 milhões de mutuários do Sistema Financeiro da Habitação”, disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP).
O dinheiro do FGTS é utilizado para financiar a aquisição da casa própria. Os sindicalistas querem uma solução que proporcione maior ganho ao trabalhador, mas que não eleve os juros cobrados do mutuário. O FGTS, hoje, perde para a inflação.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, uma solução seria reduzir a remuneração paga à Caixa Econômica Federal, que administra o Fundo de Garantia. “A Caixa teve lucro de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão é do trabalhador. Ela ganhou com nosso dinheiro”, frisou Paulinho, da Força Sindical.
Carlos Lupi evitou entrar na polêmica. “Isso é algo que o grupo de trabalho vai avaliar”, disse o ministro. Outra maneira de ampliar os ganhos do FGTS defendida pelo deputado é reabrir a possibilidade de o trabalhador investir em ações.
Paulinho lembrou que tinha R$ 36 mil em sua conta quando foi autorizada a aplicação em ações da Vale e Petrobras. A metade que não foi aplicada hoje representa R$ 27.500. A que foi aplicada está em R$ 152 mil.
Fonte: O Dia
Grupo vai discutir como remunerar melhor FGTS
Centrais sindicais e governo vão criar um grupo de trabalho com o objetivo de estudar formas de garantir maior remuneração para as contas do FGTS. Para os sindicatos, será preciso encontrar um modelo que não prejudique os trabalhadores que compraram a casa própria com recursos do fundo. "Esse estudo que será feito passa por discutir quem paga e qual o impacto no sistema de habitação e no crédito imobiliário", afirmou Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
As contas do FGTS são remuneradas pela Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. Parte dos recursos do fundo é destinada para o financiamento de programas para aquisição da casa própria. Os mutuários que fazem parte desses programas pagam prestações que também levam em conta a TR mais uma taxa de juros, que varia de acordo com a renda familiar.
Fonte: Valor Econômico
Notícia - Salão do imóvel - RJ:
Casa própria
Márcia Peltier - Jornal do Commércio/RJ
O Banco Real vai sortear um apartamento durante o Salão do Imóvel do Rio. O objetivo do evento é impulsionar as vendas da casa própria, com mais de oito mil ofertas de imóveis no estacionamento do Casa Shopping, em outubro. São esperados cerca de 30 mil visitantes.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
As notícias de hoje, 05/09, são:
As notícias de hoje, 05/09, são:
- Crédito para construtoras cresce 60% em 12 meses
- Mutuário pode entrar em ação com o MP
- Rede de segurança
- Sinais de pessimismo mostram que nem tudo é recuperação dos mercados
30 anos - Nem tudo é vantagem
- O FGTS rendeu mais
Crédito para construtoras cresce 60% em 12 meses
A expansão do crédito imobiliário para as construtoras se acelerou e avança em uma velocidade quase semelhante aos empréstimos bancários destinados à habitação para as pessoas físicas. As concessões para empresas do setor somaram R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre, com crescimento de 60% em 12 meses, enquanto os financiamentos para a compra de imóveis novos para pessoas físicas totalizaram R$ 940 milhões, com expansão de 78% no mesmo período.
Por isso, as construtoras são o alvo de várias ofertas e de um forte assédio pelos bancos. Também é por meio das construtoras que os bancos chegam às pessoas físicas, que compram os imóveis. O Unibanco, por exemplo, lançou um novo produto para financiar a construção com a garantia dos recebíveis dos clientes. No Bradesco, o saldo do crédito para empresas subiu 100%, contra 30% entre as pessoas físicas. "Estamos financiando até os terrenos", diz o vice-presidente do banco, Ademir Cossielo. No Itaú, o crédito para empresas cresceu 40% e o Banco Real iniciou um programa de avaliação sustentável dos projetos financiados.
Fonte: Estadão
Mutuário pode entrar em ação com o MP
A Justiça Federal em Blumenau (SC) publicou edital estipulando o prazo de 60 dias para que os mutuários interessados em intervir na ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal em Santa Catarina se apresentem para ingressar no pólo ativo da ação, como litisconsórcio. Os interessados deverão comparecer à sede da Justiça Federal, no Centro, em Blumenau, das 13h às 18h.
Proposta no dia 17 de agosto, a ação quer garantir o direito do mutuário na escolha entre o seguro habitacional padrão do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e a modalidade de seguro habitacional introduzida pela Medida Provisória nº 2.197-43/2001. O MPF quer também que o mutuário, no caso da segunda hipótese, possa escolher com qual seguradora deseja celebrar o contrato.
Atualmente, em ambos os casos, a escolha é unilateral, tomada pelo agente financiador. Outro pedido do MPF é de que seja realizada licitação para a escolha das seguradoras que prestarão serviços no âmbito do SFH, com a contratação por menor preço. A ação foi proposta contra a União, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Caixa Econômica Federal (CEF).
Existem dois tipos de seguro habitacional. O primeiro, chamado de seguro habitacional do SFH, possui apólice com conteúdo idêntico, independentemente da seguradora. Neste caso, os riscos são assumidos pelo Estado, isto é, são pagos com recursos públicos oriundos do Fundo e Compensação de Variações Salariais (FCVS). A seguradora recebe uma remuneração padrão para prestar os serviços operacionais, no valor de 7,1% dos prêmios arrecadados mensalmente. A escolha da empresa é unilateral, feita pelo agente financeiro da operação, dentre aquelas empresas previamente habilitadas pela Susep, sem qualquer tipo de procedimento licitatório.
A segunda hipótese de seguro habitacional é aquela prevista no artigo 2º da MP nº 2.197-43/01. Nesse caso, também é o agente financeiro que escolhe a seguradora, que deverá manter cobertos, no mínimo, os riscos de morte e invalidez permanente. Aqui, a seguradora não é mais mera prestadora de serviços, mas garantidora do risco a ser assumido, e não tem limitação de valores de apólice. Novamente, o mutuário acaba ficando restrito à opção unilateral, sem o direito de buscar diferenças de preço em apólices idênticas.
Segundo o procurador da República Ricardo Kling Donini, percebem-se dois tipos de lesões com os procedimentos hoje estabelecidos.
O primeiro diz respeito à possível lesão ao patrimônio público, já que são destinados recursos públicos para pagamento a seguradoras que não passam por qualquer tipo de procedimento licitatório, o que afasta a concorrência e que poderia reduzir os valores pagos às mesmas. O segundo trata de lesão ao consumidor mutuário, que não tem direito de escolha, seja em relação ao tipo de seguro que poderá celebrar, seja em relação à seguradora que garantirá o risco, no caso dos contratos pós-medida provisória.
Fonte: Jornal do Commercio
Rede de segurança
Diante da propagação da crise das hipotecas de alto risco norte-americanas pelos mercados financeiros globais, o presidente George W. Bush anunciou na sexta-feira um conjunto de medidas para o setor de crédito imobiliário. Foi criado um programa -FHA-Secure- para facilitar o refinanciamento das dívidas. Procura-se garantir o imóvel aos mutuários com bom crédito, mas que podem deixar de honrar os pagamentos devido ao aumento das prestações.
Estima-se que 2,2 milhões de hipotecas terão suas taxas de juros reajustadas nos próximos dois anos. Delineou-se ainda um projeto para modernizar a agência Federal Housing Administration, criada em 1934 para regular o mercado imobiliário e fornecer seguro para os empréstimos de maior risco, beneficiando populações de menor renda.
Como afirmou o presidente: "Não é função do governo socorrer especuladores ou aqueles que decidiram comprar casas que não poderiam pagar. Mas há muitos proprietários de casas que podem superar este momento difícil com uma pequena flexibilização de seus credores ou uma pequena ajuda do governo".
Dessa forma, a Casa Branca auxilia a montagem de uma rede de segurança, ao ajudar os mutuários a refinanciar suas dívidas, evitando a execução judicial e a perda do imóvel, bem como ao facilitar o acesso dos americanos mais pobres à casa própria. O Fed (banco central dos EUA), por sua vez, reduziu a taxa de redesconto e injetou US$ 150 bilhões na economia. Assim, vários instrumentos vão sendo utilizados pelo governo norte-americano para recuperar a estabilidade do mercado financeiro e "manter o maior número de famílias em casa". Talvez, não sejam ainda medidas suficientes para debelar o alastramento da incerteza pelo restante da economia, mas caminham na direção correta. Se a crise se aprofundar, o Fed tem ainda o recurso de reduzir a taxa de juros de curto prazo para aplacar a aversão ao risco dos investidores.
Fonte: Folha de São Paulo
Sinais de pessimismo mostram que nem tudo é recuperação dos mercados
Diante da recente recuperação da renda variável, o grupo dos que apostavam no subprime com um mero tropeço ganha força frente aos intérpretes de uma crise passível de comprometer os fundamentos da economia global.
No entanto, alguns fatores perenes ainda impedem que as turbulências de agosto sejam classificadas apenas como decorrentes de um momento de pânico injustificado. O setor imobiliário dos EUA e o mercado de crédito internacional insistem em emitir sinais autênticos de pessimismo.
Prejuízos reais
Muitos argumentam que a crise do subprime não tem potencial para gerar efeitos negativos na economia real. Mas há razões para acreditar que o crescimento norte-americano já está inevitavelmente afetado, mesmo que de maneira parcial.
A inadimplência nas hipotecas de alto risco resultou em um movimento amplo de deflação nos imóveis, que impôs barreiras à inércia alimentando o setor.
Essa quebra de tendência não foi sentida apenas no âmbito monetário. As receitas com construção civil e vendas imobiliárias vêm decaindo consideravelmente. Dado o forte impacto desses segmentos sobre a economia agregada, os danos reais podem ser maiores do que afirma o alívio corrente.
Toda ação tem uma reação
No mercado de crédito, preocupa o movimento de desalavancagem verificado após o estouro da crise. A postura extremamente defensiva de bancos e fundos de investimento internacionais reflete algum remorso em relação à gestão de risco indisciplinada no período pré-subprime.
Como conseqüência, as condições de liquidez e financiamento no sistema financeiro internacional encontraram limites bruscos. Sinal de forte aversão ao risco, tão ameaçadora quanto a anterior propensão inveterada.
Agora, ao chegar a hora de refinanciar empréstimos ou vender títulos arriscados, não existe um número suficiente de interessados em ignorar os equívocos do passado e vislumbrar novos retornos acima da média. Só existe o alento dos Bancos Centrais.
Fonte: InfoMoney
Notícia - 30 anos: Nem tudo é vantagem
Vantagens e perigos rondam o novo caminho para a compra da casa a própria. A Caixa Econômica Federal (CEF) acaba de ampliar o limite de financiamento habitacional de 240 para 360 meses. Com isso, o comprador pode adquirir o imóvel por meio de prestações até 11% mais baratas, em relação à média do mercado. Mas economistas alertam: o acumulo de juros deste parcelamento pode fazer com que o valor final do negócio fique, em média 19% mais caro, em média.
Para este ano, a CEF tem orçamento de R$ 17,1 bilhões para o financiamento habitacional. Deste total, R$ 300 milhões estão destinados para o Distrito Federal – contra os R$ 270 milhões disponibilizados no ano passado. De janeiro até o mês passado, R$ 204 milhões foram investidos. Mas a Caixa garante que poderá estender o montante disponível para financiamento, se o novo modelo de parcelamento atrair, de fato, a atenção dos compradores.
Uso do FGTS
Vale salientar para o futuro mutuário que os financiamentos só cobrem 100% do imóvel para compras com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os demais parcelamentos, com base na própria poupança da Caixa, não são integrais, partindo de 70% do valor inicial da propriedade.
Para os imóveis, equivalentes a R$ 130 mil e R$ 200 mil, a taxa de juros nominal, pós-fixada, encolheu de 11,3% para 10,4%. Se a opção de pagamento for por débito automático ou folha de pagamento, ela se reduz para 10,02%. Além disso, a CEF reduziu o prêmio mensal dos seguros em 35% e a taxa de administração caiu de R$ 25 para R$ 21,43.
Prazo menor
Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, a extensão do limite de parcelamento será interessante apenas para os mutuários que desejarem encaixar as prestações em suas rendas familiares, dentro dos novos prazos.
Considerando o aumento do valor absoluto do imóvel, o especialista acredita que é mais interessante para o bolso, planejar a compra de outra forma: poupar um grande montante para oferecer como entrada, e optar por um financiamento com o menor prazo possível e com juros mais baixos.
Caixa admite aumento
"Na verdade, mesmo com juros mais baixos, o valor do imóvel fica maior, em números absolutos (quando o consumidor opta pelo novo modelo de financiamento). Mas a Caixa está adequando o sonho da casa própria a capacidade de pagamento que elas possuem", afirmou o gerente regional de habitação da Caixa Econômica, Celso Eloi Cavalheiro.
Segundo ele, o valor médio das antigas prestações aplicadas pelo mercado deixavam de fora um grande número de potenciais compradores. E, com preços menores, a nova oferta da CEF deverá incluir esta massa dentro mercado imobiliário.
Opinião semelhante tem o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Adalberto Valadão. Na sua opinião, o novo limite de financiamento causará um impacto positivo no mercado brasiliense.
Aquecimento
Para o executivo, além do aumento da venda direta de imóveis, a nova opção de financiamento também irá, consequentemente, aquecer o setor da construção civil. Até o fim do ano, a Ademi espera que o mercado imobiliário local de R$ 1,3 bilhão, sustentando um crescimento de aproximadamente 8,5% em relação a 2006. "Vamos ter bom desempenho, considerando que o Brasil (pelo Produto Interno Bruto - PIB) cresceu 3,5%", justificou.
De acordo com Valadão, o mercado tem como carro-chefe o setor habitacional, puxado, principalmente, pela classe média. Na analise do executivo, as regiões que atualmente mais atraem compradores no DF são Asa Norte, o Sudoeste, o Guará e Águas Claras. Dentro dos diversos empreendimentos imobiliários desta última região, o médico André Santana Prata, 29 anos, resolveu buscar seus futuros endereços, tanto do ponto de vista residencial, quanto profissional. Pagando prestações de R$ 1,8 mil e R$ 600, Prata financiou a compra, na planta, de um apartamento de R$ 250 mil e de uma sala comercial de R$ 90 mil, respectivamente.
Enquanto espera pelas chaves, o médico e a mulher vivem de aluguel, pagando R$ 750 mensais. "Não entramos neste negócio despreparados. Por dois anos, economizamos R$ 50 mil para podermos fazer estas compras", explicou o médico, que dividiu o pagamento de sua futura loja em 100 meses e de seu novo apartamento em 60 meses. Prata escolheu um prazo mais reduzido justamente para poder se livrar do peso dos juros. "Isso é dinheiro perdido", disse. A escolha dos imóveis não foi nada fácil e Prata precisou pesquisar muito para encontrar locais adequados para morar e trabalhar.
Fonte: Jornal de Brasília (Francisco Dutra)
O FGTS rendeu mais
Nos últimos dias a imprensa tem publicado com destaque cálculos realizados com recursos do FGTS, traçando hipóteses de aplicação do INPC como fator de remuneração das contas em lugar da Taxa Referencial (TR), que é como define a lei. Sob esse argumento, a conta apresentada é que o patrimônio do trabalhador teria perdido 28,7% no período de 1991 até agora.
Nada mais enganoso. Nos cálculos apresentados não é levada em consideração a parcela de juros aplicada durante o período que se estende por mais de 15 anos. A remuneração do FGTS, como todos sabem, não se dá apenas com base na TR. É preciso acrescentar a parte correspondente aos juros anuais de 3%.
Colocados sob a perspectiva correta, os cálculos apresentados pelos que defendem a teoria de perdas acumuladas pelo patrimônio dos trabalhadores tornam-se inconsistentes: ao invés de perder 28,7%, a remuneração aplicada às contas vinculadas do FGTS foi 27,85% superior ao INPC. Na comparação com o IPCA no mesmo período, o ganho dos trabalhadores foi ainda mais expressivo: 34,33%.
Ainda no terreno das comparações, é bom lembrar que somente a taxa de juros do FGTS representa 67% da meta de inflação do governo, de 4,5% ao ano. É nesse cenário de estabilidade macroeconômica e de juros cadentes que o Conselho Curador do Fundo já aprovou taxas menores para seus mutuários e autorizou, a partir de janeiro de 2008, nova redução de 0,5% nos juros dos financiamentos habitacionais concedidos aos titulares de conta vinculada do FGTS. Trata-se de uma justa compensação para os trabalhadores que fazem a riqueza do Fundo de Garantia.
Já se disse que os números se prestam a qualquer coisa; nesse caso, a ludibriar os trabalhadores. Não é verdade o que o calculista os apresentou para convencer a todos da perda. Em uma das matérias publicadas, o exemplo citado é de que o trabalhador poderia ter R$ 41,75 na mão, mas só tinha R$ 32,42. Em se tratando do FGTS, ele não só tem os R$ 41,75, como mais R$ 11,81 porque, de propósito, os juros não foram computados na conta. E, além de ter mais dinheiro, com o FGTS o trabalhador tem acesso à casa própria com juros menores e água tratada.
Quando se defende uma melhor remuneração para o FGTS — e isso pode até ser considerado um pleito justo dos trabalhadores se olhado apenas pela ótica da rentabilidade — é bom não esquecer que a contrapartida da remuneração das contas é a concessão de financiamentos habitacionais. A cobrança do melhor índice, ou seja, o mais elevado, nos empréstimos habitacionais inviabilizaria o acesso à casa própria por parcela expressiva da população, assim como os investimentos necessários em abastecimento de água e esgotamento sanitário.
O tratamento do FGTS como um fundo financeiro comum é absolutamente inadequado. É preciso percebê-lo como um todo. Quando foi criado, o FGTS corrigiu uma distorção da CLT, que previa a estabilidade quando o empregado completasse 10 anos no mesmo emprego. O resultado da boa intenção da CLT é que, via de regra, os empregados eram dispensados antes.
O FGTS trouxe um novo horizonte para os trabalhadores, constituindo-se num pecúlio para os casos de demissão imotivada, doenças graves ou para a aposentadoria. E esses recursos, enquanto não são sacados, cumprem a nobre missão de promover a melhoria da qualidade de vida de todos os segmentos da sociedade.
É graças aos recursos acumulados no Fundo de Garantia que 6 milhões de famílias (um contingente de 24 milhões de pessoas) usufruem de uma moradia mais digna. Também se credita aos investimentos do FGTS o acesso à água tratada por mais de 90% da população brasileira. E esse acesso à água tratada produz mais um ganho: a queda no índice de mortalidade infantil. Em 1970 o IBGE registrava uma taxa de mortalidade de 115 óbitos por cada 1 mil nascidos vivos; no ano 2000, essa taxa caiu para 35,3.
O nosso FGTS é um modelo de sucesso copiado em praticamente toda a América Latina. Mas somente aqui a administração do fundo conta com um pacto solidário entre governo e sociedade, exercido por um Conselho de Curadores que respondem individualmente pela gestão.
No ano passado o FGTS rompeu uma marca histórica: concedeu mais de 367 mil financiamentos habitacionais — um número nunca antes alcançado. E ainda mais. Preocupado com o déficit habitacional que se concentra nas faixas de menor renda, o FGTS tem alocado recursos a fundo perdido para ajudar as famílias com renda de um a três salários mínimos a terem a sua moradia própria.
De toda a discussão apaixonada sobre o tema, é preciso que fique evidente uma coisa: com o FGTS o trabalhador ganhou dos dois lados. Obteve, ao longo do tempo, uma remuneração adequada para o seu patrimônio e foi beneficiado com subsídios e crédito habitacional com juros bastante inferiores aos praticados pelo mercado.
Fonte: Correio Braziliense
- Crédito para construtoras cresce 60% em 12 meses
- Mutuário pode entrar em ação com o MP
- Rede de segurança
- Sinais de pessimismo mostram que nem tudo é recuperação dos mercados
30 anos - Nem tudo é vantagem
- O FGTS rendeu mais
Crédito para construtoras cresce 60% em 12 meses
A expansão do crédito imobiliário para as construtoras se acelerou e avança em uma velocidade quase semelhante aos empréstimos bancários destinados à habitação para as pessoas físicas. As concessões para empresas do setor somaram R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre, com crescimento de 60% em 12 meses, enquanto os financiamentos para a compra de imóveis novos para pessoas físicas totalizaram R$ 940 milhões, com expansão de 78% no mesmo período.
Por isso, as construtoras são o alvo de várias ofertas e de um forte assédio pelos bancos. Também é por meio das construtoras que os bancos chegam às pessoas físicas, que compram os imóveis. O Unibanco, por exemplo, lançou um novo produto para financiar a construção com a garantia dos recebíveis dos clientes. No Bradesco, o saldo do crédito para empresas subiu 100%, contra 30% entre as pessoas físicas. "Estamos financiando até os terrenos", diz o vice-presidente do banco, Ademir Cossielo. No Itaú, o crédito para empresas cresceu 40% e o Banco Real iniciou um programa de avaliação sustentável dos projetos financiados.
Fonte: Estadão
Mutuário pode entrar em ação com o MP
A Justiça Federal em Blumenau (SC) publicou edital estipulando o prazo de 60 dias para que os mutuários interessados em intervir na ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal em Santa Catarina se apresentem para ingressar no pólo ativo da ação, como litisconsórcio. Os interessados deverão comparecer à sede da Justiça Federal, no Centro, em Blumenau, das 13h às 18h.
Proposta no dia 17 de agosto, a ação quer garantir o direito do mutuário na escolha entre o seguro habitacional padrão do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e a modalidade de seguro habitacional introduzida pela Medida Provisória nº 2.197-43/2001. O MPF quer também que o mutuário, no caso da segunda hipótese, possa escolher com qual seguradora deseja celebrar o contrato.
Atualmente, em ambos os casos, a escolha é unilateral, tomada pelo agente financiador. Outro pedido do MPF é de que seja realizada licitação para a escolha das seguradoras que prestarão serviços no âmbito do SFH, com a contratação por menor preço. A ação foi proposta contra a União, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Caixa Econômica Federal (CEF).
Existem dois tipos de seguro habitacional. O primeiro, chamado de seguro habitacional do SFH, possui apólice com conteúdo idêntico, independentemente da seguradora. Neste caso, os riscos são assumidos pelo Estado, isto é, são pagos com recursos públicos oriundos do Fundo e Compensação de Variações Salariais (FCVS). A seguradora recebe uma remuneração padrão para prestar os serviços operacionais, no valor de 7,1% dos prêmios arrecadados mensalmente. A escolha da empresa é unilateral, feita pelo agente financeiro da operação, dentre aquelas empresas previamente habilitadas pela Susep, sem qualquer tipo de procedimento licitatório.
A segunda hipótese de seguro habitacional é aquela prevista no artigo 2º da MP nº 2.197-43/01. Nesse caso, também é o agente financeiro que escolhe a seguradora, que deverá manter cobertos, no mínimo, os riscos de morte e invalidez permanente. Aqui, a seguradora não é mais mera prestadora de serviços, mas garantidora do risco a ser assumido, e não tem limitação de valores de apólice. Novamente, o mutuário acaba ficando restrito à opção unilateral, sem o direito de buscar diferenças de preço em apólices idênticas.
Segundo o procurador da República Ricardo Kling Donini, percebem-se dois tipos de lesões com os procedimentos hoje estabelecidos.
O primeiro diz respeito à possível lesão ao patrimônio público, já que são destinados recursos públicos para pagamento a seguradoras que não passam por qualquer tipo de procedimento licitatório, o que afasta a concorrência e que poderia reduzir os valores pagos às mesmas. O segundo trata de lesão ao consumidor mutuário, que não tem direito de escolha, seja em relação ao tipo de seguro que poderá celebrar, seja em relação à seguradora que garantirá o risco, no caso dos contratos pós-medida provisória.
Fonte: Jornal do Commercio
Rede de segurança
Diante da propagação da crise das hipotecas de alto risco norte-americanas pelos mercados financeiros globais, o presidente George W. Bush anunciou na sexta-feira um conjunto de medidas para o setor de crédito imobiliário. Foi criado um programa -FHA-Secure- para facilitar o refinanciamento das dívidas. Procura-se garantir o imóvel aos mutuários com bom crédito, mas que podem deixar de honrar os pagamentos devido ao aumento das prestações.
Estima-se que 2,2 milhões de hipotecas terão suas taxas de juros reajustadas nos próximos dois anos. Delineou-se ainda um projeto para modernizar a agência Federal Housing Administration, criada em 1934 para regular o mercado imobiliário e fornecer seguro para os empréstimos de maior risco, beneficiando populações de menor renda.
Como afirmou o presidente: "Não é função do governo socorrer especuladores ou aqueles que decidiram comprar casas que não poderiam pagar. Mas há muitos proprietários de casas que podem superar este momento difícil com uma pequena flexibilização de seus credores ou uma pequena ajuda do governo".
Dessa forma, a Casa Branca auxilia a montagem de uma rede de segurança, ao ajudar os mutuários a refinanciar suas dívidas, evitando a execução judicial e a perda do imóvel, bem como ao facilitar o acesso dos americanos mais pobres à casa própria. O Fed (banco central dos EUA), por sua vez, reduziu a taxa de redesconto e injetou US$ 150 bilhões na economia. Assim, vários instrumentos vão sendo utilizados pelo governo norte-americano para recuperar a estabilidade do mercado financeiro e "manter o maior número de famílias em casa". Talvez, não sejam ainda medidas suficientes para debelar o alastramento da incerteza pelo restante da economia, mas caminham na direção correta. Se a crise se aprofundar, o Fed tem ainda o recurso de reduzir a taxa de juros de curto prazo para aplacar a aversão ao risco dos investidores.
Fonte: Folha de São Paulo
Sinais de pessimismo mostram que nem tudo é recuperação dos mercados
Diante da recente recuperação da renda variável, o grupo dos que apostavam no subprime com um mero tropeço ganha força frente aos intérpretes de uma crise passível de comprometer os fundamentos da economia global.
No entanto, alguns fatores perenes ainda impedem que as turbulências de agosto sejam classificadas apenas como decorrentes de um momento de pânico injustificado. O setor imobiliário dos EUA e o mercado de crédito internacional insistem em emitir sinais autênticos de pessimismo.
Prejuízos reais
Muitos argumentam que a crise do subprime não tem potencial para gerar efeitos negativos na economia real. Mas há razões para acreditar que o crescimento norte-americano já está inevitavelmente afetado, mesmo que de maneira parcial.
A inadimplência nas hipotecas de alto risco resultou em um movimento amplo de deflação nos imóveis, que impôs barreiras à inércia alimentando o setor.
Essa quebra de tendência não foi sentida apenas no âmbito monetário. As receitas com construção civil e vendas imobiliárias vêm decaindo consideravelmente. Dado o forte impacto desses segmentos sobre a economia agregada, os danos reais podem ser maiores do que afirma o alívio corrente.
Toda ação tem uma reação
No mercado de crédito, preocupa o movimento de desalavancagem verificado após o estouro da crise. A postura extremamente defensiva de bancos e fundos de investimento internacionais reflete algum remorso em relação à gestão de risco indisciplinada no período pré-subprime.
Como conseqüência, as condições de liquidez e financiamento no sistema financeiro internacional encontraram limites bruscos. Sinal de forte aversão ao risco, tão ameaçadora quanto a anterior propensão inveterada.
Agora, ao chegar a hora de refinanciar empréstimos ou vender títulos arriscados, não existe um número suficiente de interessados em ignorar os equívocos do passado e vislumbrar novos retornos acima da média. Só existe o alento dos Bancos Centrais.
Fonte: InfoMoney
Notícia - 30 anos: Nem tudo é vantagem
Vantagens e perigos rondam o novo caminho para a compra da casa a própria. A Caixa Econômica Federal (CEF) acaba de ampliar o limite de financiamento habitacional de 240 para 360 meses. Com isso, o comprador pode adquirir o imóvel por meio de prestações até 11% mais baratas, em relação à média do mercado. Mas economistas alertam: o acumulo de juros deste parcelamento pode fazer com que o valor final do negócio fique, em média 19% mais caro, em média.
Para este ano, a CEF tem orçamento de R$ 17,1 bilhões para o financiamento habitacional. Deste total, R$ 300 milhões estão destinados para o Distrito Federal – contra os R$ 270 milhões disponibilizados no ano passado. De janeiro até o mês passado, R$ 204 milhões foram investidos. Mas a Caixa garante que poderá estender o montante disponível para financiamento, se o novo modelo de parcelamento atrair, de fato, a atenção dos compradores.
Uso do FGTS
Vale salientar para o futuro mutuário que os financiamentos só cobrem 100% do imóvel para compras com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os demais parcelamentos, com base na própria poupança da Caixa, não são integrais, partindo de 70% do valor inicial da propriedade.
Para os imóveis, equivalentes a R$ 130 mil e R$ 200 mil, a taxa de juros nominal, pós-fixada, encolheu de 11,3% para 10,4%. Se a opção de pagamento for por débito automático ou folha de pagamento, ela se reduz para 10,02%. Além disso, a CEF reduziu o prêmio mensal dos seguros em 35% e a taxa de administração caiu de R$ 25 para R$ 21,43.
Prazo menor
Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, a extensão do limite de parcelamento será interessante apenas para os mutuários que desejarem encaixar as prestações em suas rendas familiares, dentro dos novos prazos.
Considerando o aumento do valor absoluto do imóvel, o especialista acredita que é mais interessante para o bolso, planejar a compra de outra forma: poupar um grande montante para oferecer como entrada, e optar por um financiamento com o menor prazo possível e com juros mais baixos.
Caixa admite aumento
"Na verdade, mesmo com juros mais baixos, o valor do imóvel fica maior, em números absolutos (quando o consumidor opta pelo novo modelo de financiamento). Mas a Caixa está adequando o sonho da casa própria a capacidade de pagamento que elas possuem", afirmou o gerente regional de habitação da Caixa Econômica, Celso Eloi Cavalheiro.
Segundo ele, o valor médio das antigas prestações aplicadas pelo mercado deixavam de fora um grande número de potenciais compradores. E, com preços menores, a nova oferta da CEF deverá incluir esta massa dentro mercado imobiliário.
Opinião semelhante tem o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Adalberto Valadão. Na sua opinião, o novo limite de financiamento causará um impacto positivo no mercado brasiliense.
Aquecimento
Para o executivo, além do aumento da venda direta de imóveis, a nova opção de financiamento também irá, consequentemente, aquecer o setor da construção civil. Até o fim do ano, a Ademi espera que o mercado imobiliário local de R$ 1,3 bilhão, sustentando um crescimento de aproximadamente 8,5% em relação a 2006. "Vamos ter bom desempenho, considerando que o Brasil (pelo Produto Interno Bruto - PIB) cresceu 3,5%", justificou.
De acordo com Valadão, o mercado tem como carro-chefe o setor habitacional, puxado, principalmente, pela classe média. Na analise do executivo, as regiões que atualmente mais atraem compradores no DF são Asa Norte, o Sudoeste, o Guará e Águas Claras. Dentro dos diversos empreendimentos imobiliários desta última região, o médico André Santana Prata, 29 anos, resolveu buscar seus futuros endereços, tanto do ponto de vista residencial, quanto profissional. Pagando prestações de R$ 1,8 mil e R$ 600, Prata financiou a compra, na planta, de um apartamento de R$ 250 mil e de uma sala comercial de R$ 90 mil, respectivamente.
Enquanto espera pelas chaves, o médico e a mulher vivem de aluguel, pagando R$ 750 mensais. "Não entramos neste negócio despreparados. Por dois anos, economizamos R$ 50 mil para podermos fazer estas compras", explicou o médico, que dividiu o pagamento de sua futura loja em 100 meses e de seu novo apartamento em 60 meses. Prata escolheu um prazo mais reduzido justamente para poder se livrar do peso dos juros. "Isso é dinheiro perdido", disse. A escolha dos imóveis não foi nada fácil e Prata precisou pesquisar muito para encontrar locais adequados para morar e trabalhar.
Fonte: Jornal de Brasília (Francisco Dutra)
O FGTS rendeu mais
Nos últimos dias a imprensa tem publicado com destaque cálculos realizados com recursos do FGTS, traçando hipóteses de aplicação do INPC como fator de remuneração das contas em lugar da Taxa Referencial (TR), que é como define a lei. Sob esse argumento, a conta apresentada é que o patrimônio do trabalhador teria perdido 28,7% no período de 1991 até agora.
Nada mais enganoso. Nos cálculos apresentados não é levada em consideração a parcela de juros aplicada durante o período que se estende por mais de 15 anos. A remuneração do FGTS, como todos sabem, não se dá apenas com base na TR. É preciso acrescentar a parte correspondente aos juros anuais de 3%.
Colocados sob a perspectiva correta, os cálculos apresentados pelos que defendem a teoria de perdas acumuladas pelo patrimônio dos trabalhadores tornam-se inconsistentes: ao invés de perder 28,7%, a remuneração aplicada às contas vinculadas do FGTS foi 27,85% superior ao INPC. Na comparação com o IPCA no mesmo período, o ganho dos trabalhadores foi ainda mais expressivo: 34,33%.
Ainda no terreno das comparações, é bom lembrar que somente a taxa de juros do FGTS representa 67% da meta de inflação do governo, de 4,5% ao ano. É nesse cenário de estabilidade macroeconômica e de juros cadentes que o Conselho Curador do Fundo já aprovou taxas menores para seus mutuários e autorizou, a partir de janeiro de 2008, nova redução de 0,5% nos juros dos financiamentos habitacionais concedidos aos titulares de conta vinculada do FGTS. Trata-se de uma justa compensação para os trabalhadores que fazem a riqueza do Fundo de Garantia.
Já se disse que os números se prestam a qualquer coisa; nesse caso, a ludibriar os trabalhadores. Não é verdade o que o calculista os apresentou para convencer a todos da perda. Em uma das matérias publicadas, o exemplo citado é de que o trabalhador poderia ter R$ 41,75 na mão, mas só tinha R$ 32,42. Em se tratando do FGTS, ele não só tem os R$ 41,75, como mais R$ 11,81 porque, de propósito, os juros não foram computados na conta. E, além de ter mais dinheiro, com o FGTS o trabalhador tem acesso à casa própria com juros menores e água tratada.
Quando se defende uma melhor remuneração para o FGTS — e isso pode até ser considerado um pleito justo dos trabalhadores se olhado apenas pela ótica da rentabilidade — é bom não esquecer que a contrapartida da remuneração das contas é a concessão de financiamentos habitacionais. A cobrança do melhor índice, ou seja, o mais elevado, nos empréstimos habitacionais inviabilizaria o acesso à casa própria por parcela expressiva da população, assim como os investimentos necessários em abastecimento de água e esgotamento sanitário.
O tratamento do FGTS como um fundo financeiro comum é absolutamente inadequado. É preciso percebê-lo como um todo. Quando foi criado, o FGTS corrigiu uma distorção da CLT, que previa a estabilidade quando o empregado completasse 10 anos no mesmo emprego. O resultado da boa intenção da CLT é que, via de regra, os empregados eram dispensados antes.
O FGTS trouxe um novo horizonte para os trabalhadores, constituindo-se num pecúlio para os casos de demissão imotivada, doenças graves ou para a aposentadoria. E esses recursos, enquanto não são sacados, cumprem a nobre missão de promover a melhoria da qualidade de vida de todos os segmentos da sociedade.
É graças aos recursos acumulados no Fundo de Garantia que 6 milhões de famílias (um contingente de 24 milhões de pessoas) usufruem de uma moradia mais digna. Também se credita aos investimentos do FGTS o acesso à água tratada por mais de 90% da população brasileira. E esse acesso à água tratada produz mais um ganho: a queda no índice de mortalidade infantil. Em 1970 o IBGE registrava uma taxa de mortalidade de 115 óbitos por cada 1 mil nascidos vivos; no ano 2000, essa taxa caiu para 35,3.
O nosso FGTS é um modelo de sucesso copiado em praticamente toda a América Latina. Mas somente aqui a administração do fundo conta com um pacto solidário entre governo e sociedade, exercido por um Conselho de Curadores que respondem individualmente pela gestão.
No ano passado o FGTS rompeu uma marca histórica: concedeu mais de 367 mil financiamentos habitacionais — um número nunca antes alcançado. E ainda mais. Preocupado com o déficit habitacional que se concentra nas faixas de menor renda, o FGTS tem alocado recursos a fundo perdido para ajudar as famílias com renda de um a três salários mínimos a terem a sua moradia própria.
De toda a discussão apaixonada sobre o tema, é preciso que fique evidente uma coisa: com o FGTS o trabalhador ganhou dos dois lados. Obteve, ao longo do tempo, uma remuneração adequada para o seu patrimônio e foi beneficiado com subsídios e crédito habitacional com juros bastante inferiores aos praticados pelo mercado.
Fonte: Correio Braziliense
terça-feira, 4 de setembro de 2007
4. RECEITA BRUTA

4. RECEITA BRUTA
4.1 O QUE SE CONSIDERA RECEITA BRUTA PARA FINS DO SIMPLES NACIONAL?
Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Notas:
Para fins de enquadramento como Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, deve ser considerada a receita bruta em cada ano-calendário.
Para fins de determinação da alíquota, deve-se considerar a receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração.
4.2 NO CASO DE INÍCIO DE ATIVIDADE NO ANO-CALENDÁRIO DA OPÇÃO, QUAL O LIMITE DA RECEITA BRUTA A SER CONSIDERADO PELAS MICROEMPRESAS (ME) E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (EPP)?
Para a pessoa jurídica que iniciar atividade no próprio ano-calendário da opção, os limites para a ME e para a EPP serão proporcionais ao número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
Ou seja, os limites de ME e de EPP serão, respectivamente, de R$ 20.000,00 e de R$ 200.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
Exemplos:
A empresa P.A.T.T.A. Ltda inicia atividade no dia 05/09/2007. Considera-se o período de 4 meses completos (setembro, outubro, novembro e dezembro), Logo, o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário é de R$ 800.000,00.
A empresa de comércio de roupas infantis P.A.U.L.A. Ltda entra em atividade no dia 15/12/2007. Considera-se o período de um mês completo (dezembro). Logo, o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário, é de R$ 200.000,00.
O restaurante F.A.F.A. Ltda iniciou atividade no mês de abril de 2007. Totalizou receita bruta durante os meses de abril, maio e junho no valor de R$ 700.000,00. Essa empresa poderá optar pelo Simples Nacional em julho de 2007? Sim. Entretanto, essa empresa não poderá ultrapassar nesse mesmo ano-calendário o limite de R$ 1.800.000,00 (R$ 200.000,00 x 9 meses), hipótese em que estaria excluída do Simples Nacional.
Notas:
No caso de início de atividade no ano-calendário anterior ao da opção pelo Simples Nacional os limites também deverão ser proporcionalizados.
Se o valor acumulado da receita bruta no ano-calendário de início de atividade for superior a R$ 200.000,00 multiplicados pelo número de meses do período compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, a pessoa jurídica estará obrigada ao pagamento da totalidade ou diferença dos impostos e contribuições devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, desde o primeiro mês de início de atividade acrescidos, tão-somente, de juros de mora, quando efetuado antes do início de procedimento de ofício.
Na hipótese de a receita bruta no ano-calendário de início de atividade não exceder em mais de 20% o limite de que trata o item 2, a pessoa jurídica não estará obrigada ao pagamento da totalidade ou diferença dos impostos e contribuições devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, porém estará excluída do Simples Nacional a partir do ano-calendário subseqüente.
4.3 PARA FINS DE ENQUADRAMENTO NO SIMPLES NACIONAL, QUANDO DA OPÇÃO PELO REGIME, DEVE-SE CONSIDERAR A RECEITA BRUTA DE QUAL ANO-CALENDÁRIO?
Deve-se utilizar a receita bruta do ano-calendário anterior ao da opção, salvo no caso de empresa optante no ano de início de atividades, a qual possui regras próprias de opção.(Ver pergunta nº 4.2 ).
4.4 OS LIMITES DE RECEITA BRUTA PARA ENQUADRAMENTO COMO EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP) PODERÃO SER DIFERENCIADOS POR ESTADOS E MUNICÍPIOS?
Os Estados e o Distrito Federal poderão optar pela aplicação de limites diferenciados (sublimites) de receita bruta (de até R$ 1.200.000,00 ou de até R$ 1.800.000,00), conforme sua participação anual no Produto Interno Bruto brasileiro, apenas para efeito de recolhimento do ICMS em seus respectivos territórios.
Ressalte-se que para efeito de enquadramento no Simples Nacional, bem como para recolhimento dos tributos federais, o limite é sempre de R$ 2.400.000,00.
Nota:
A opção pelos Estados por sublimite implicará a adoção desse mesmo sublimite de receita bruta anual para efeito de recolhimento na forma do ISS dos Municípios nele localizados.
As notícias de 04/09, são:
As notícias de 04/09, são:
- Casa própria a R$170 por mês
- 30?
- Vendas de imóveis devem crescer com novos prazos
Casa própria a R$170 por mês
Quase oito mil unidades do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) serão entregues pela Caixa Econômica Federal até o fím do ano, realizando o sonho da casa própria de mais de 31 mil pessoas. A maior parte das moradias (5.717) ainda será inaugurada ou terá as obras iniciadas. Mas, para todas essas, os interessados podem se candidatar. As inscrições devem ser feitas na Prefeitura do Rio ou pela internei.
Há dois tipos de imóveis oferecidos pelo PAR: avaliados em R$ 34 mil ou em R$ 40 mil. No primeiro caso, são voltados para famílias com renda de até R$ 1.200, quepagam uma taxa de arrendamento de 0,5%, ou seja, de R$ 170. No segundo caso, os candidatos devem ter renda familiar de até R$ 1.800, com taxa de arrendamento de 0,7% e prestações de R$ 280.
Há ainda uma terceira faixa de renda, de até R$ 2.800, válida somente para servidores da Segurança Pública e das Forças Armadas.
Seis empreendimentos do PAR já prontos, em Santa
Cruz, têm unidades disponíveis para compra e mudança imediata, segundo a Caixa. São imóveis de R$ 34 mil. Os interessados podem se inscrever nos mutirões que serão feitos em dois desses empreendimentos, de 5 a 8 de setembro:na Avenida Padre Guilherme Decaminada 415, em Santa Cruz, e na Rua das Amoreiras, lotes l e 2, em Cosmos.
Novas regras
Na semana passada, a Caixa anunciou a ampliação do prazo de financiamento imobiliário de 20 para 30 anos, para famílias com renda acima de R$ 1.875. Para quem tem rendimento abaixo desse valor, o prazo subiu para 25 anos. As novas regras entram em operação hoje nas agências.
Fonte: Jornal Extra
30?
Você prefere fazer um financiamento da casa própria de 30 anos, com prestação inicial de R$1.227, ou um contrato de 15 anos, com a primeira parcela em R$ 1.505? Quem sabe 20 anos e prestação de R$ 1.366? Apesar de a Caixa Econômica Federal (CEF) ter ampliado em dez anos o prazo máximo para pagamento do crédito imobiliário, fazendo com que a prestação passe a caber no bolso de um número maior de mutuários, especialistas acham que o ideal não é 20 nem 30, e sim, 15 anos.
É que, além de o total pago no financiamento ficar bem maior, a diferença no valor da prestação não é tão grande afinal, quanto mais se aumenta o prazo de financiamento, seja qual for a tabela de amortização utilizada, mais juros o comprador pagará. Nessa simulação da Reit Soluções Financeiras Imobiliárias, por exemplo, constata-se que, em 30 anos, a prestação inicial de um empréstimo de R$ 100 mil (confira no gráfico) até ficará R$ 278 abaixo do valor referente a um contrato de 15 anos. Mas na soma total, o mutuário vai desembolsar R$ 271.272 em 30 anos contra R$ 185.874 em 15 ou seja, 46% a mais.
Minha opinião é a de que quem pode pagar R$ 1.227 em 30 anos, deveria fazer um esforço para pagar R$ 1.505 em 15 anos e, assim, reduzir seu período de financiamento pela metade diz Maurício Visconti, diretor da Reit.
Sem dúvida, as alterações da CEF são importantes, pois vão possibilitar o acesso' à casa própria para aqueles que a renda não absorve uma prestação mais alta. Mas também é importante destacar que esta facilidade trará um custo final muito maior opina Miguel Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).
Segundo José Pereira, superintendente-técnico da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abe-cip), o que ocorre é que, na medida em que se alonga o prazo de financiamento, o valor amortizado na dívida mensalmente é menor. O executivo, no entanto, afirma que, num prazo menor ou maior, financeiramente, o mutuário está pagando a mesma coisa:
Ele ficou mais tempo com o dinheiro. Se essa pessoa tivesse o dinheiro e fizesse uma aplicação com a mesma taxa, no mesmo prazo, teria esse mesmo valor no final. O prazo é um mecanismo utilizado para que o tomador de recursos possa absorver a prestação.
Fonte: O Globo (Luciana Calaza)
Vendas de imóveis devem crescer com novos prazos
O aumento do prazo de financiamento dos contratos da Caixa Econômica Federal para até 30 anos traz benefícios à população. Agora, é possível comprar um imóvel pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) em período maior e por conseqüência com prestações mais baixas e que podem estar em harmonia no orçamento familiar, opinou ontem o conselheiro fundador da Rede Gaúcha de Imóveis, Gilberto Cabeda:
- A decisão fará com que pessoas de poder aquisitivo mais baixo possam realizar o sonho da casa própria.
Mas o cenário ficará melhor ainda quando os juros chegarem ao patamar de 10% ao ano para atrair e possibilitar que camadas da população de baixa renda e/ou classe média-baixa comprem um imóvel pelo SFH. Cabeda lembra ainda que é necessário maior oferta para as populações com menor poder aquisitivo.
Hoje, somente 12% das unidades oferecidas à venda são de imóveis de até R$ 120 mil. Segundo ele, quando houver destinação de construção nesta faixa de valor é que começará a ser resolvido o problema de déficit habitacional no Brasil.
Bancos correm atrás e clientes têm dúvida sobre financiamento
Futuro mutuário precisa decidir sobre o prazo mais vantajoso
Sonhar com a casa própria hoje implica decidir entre fechar o negócio agora ou esperar condições ainda melhores em 2008, escolher entre imóvel novo e usado, juros pré ou pós-fixados, este, aquele ou aquele outro banco e entre inúmeras linhas de crédito.
Para quem lembra a dificuldade que era obter e pagar um empréstimo imobiliário há menos de 10 anos - filas de espera, juros altos, prazos curtos - o excesso de oferta hoje parece uma bênção. E é.
- É o melhor dos mundos e só foi possível por duas situações: estabilidade e queda da taxa de juros reduzindo os ganhos dos bancos com títulos públicos. Quem ia querer financiar imóvel com juros de 14% ao ano quando tinha a Selic pagando 25%? Hoje, os bancos estão correndo atrás dos consumidores, porque sabem que crédito imobiliário é uma operação de baixo risco e fideliza o cliente por muitos anos - diz o economista Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac).
Há opções desde para quem vai comprar um imóvel de R$ 15 mil ou R$ 20 mil a bens com preços mínimo de R$ 350 mil, sem limite de teto.
Quanto menor o valor do imóvel, mais barato o custo do financiamento, e as melhores alternativas (leia-se: juros menores, prazos e percentuais de financiamentos maiores) são para os imóveis de até R$ 130 mil. No mesmo banco e para o mesmo tipo de imóvel, há tantos produtos que a escolha não chega a ser um pesadelo, mas também não é fácil.
- O cliente precisa pesquisar e fazer simulações. Quanto mais longo o prazo de financiamento, menor a prestação, porém mais caro será o valor do imóvel - alerta Oliveira.
O alongamento dos prazos de pagamento já desponta como a próxima tendência. Começou esta semana, com a decisão da Caixa de ampliar de 20 para 30 anos o prazo máximo nos financiamento e deve ser seguida pelos bancos privados. A grande vantagem é a prestação mais baixa para driblar o obstáculo da renda (que precisa ser três ou quatro vezes o valor da mensalidade). A desvantagem é custo final do imóvel.
No próximo ano, taxa de juros vai baixar um pouco
Segundo a Anefac, a diferença entre o pago num financiamento de 10 anos ou em 15 anos chega a 27,43%. Se o prazo subir para 20 anos, o valor pago a mais chega a 57,6% e se o mutuário optar por 25 anos, pagará 89% há mais do que se tivesse financiado o mesmo imóvel em 10 anos.
Outra questão a ser respondida é se a compra deve ser feita agora ou adiada. Para quem trabalha com carteira assinada e tem saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) adiar o sonho da casa própria para 2008 já significa pagar 0,5 ponto percentual de juros a menos por ano. Para esses trabalhadores, a taxa cobrada nas linhas com recursos do FGTS (válida para imóveis de até R$ 130 mil) será reduzida dos atuais 8,16% para 7,66%. Num empréstimo de R$ 100 mil, significa economia de R$ 2 mil no total pago. Vale a pena?
- A compra da casa é uma coisa que se faz muito poucas vezes na vida. No ano que vem, as condições vão ficar melhores. Mas quem garante que aquele imóvel que você viu vai estar disponível e você terá condições de pagar? O importante é encontrar aquilo que você quer - aconselha José Gonçalves, superintendente técnico da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança.
- Casa própria a R$170 por mês
- 30?
- Vendas de imóveis devem crescer com novos prazos
Casa própria a R$170 por mês
Quase oito mil unidades do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) serão entregues pela Caixa Econômica Federal até o fím do ano, realizando o sonho da casa própria de mais de 31 mil pessoas. A maior parte das moradias (5.717) ainda será inaugurada ou terá as obras iniciadas. Mas, para todas essas, os interessados podem se candidatar. As inscrições devem ser feitas na Prefeitura do Rio ou pela internei.
Há dois tipos de imóveis oferecidos pelo PAR: avaliados em R$ 34 mil ou em R$ 40 mil. No primeiro caso, são voltados para famílias com renda de até R$ 1.200, quepagam uma taxa de arrendamento de 0,5%, ou seja, de R$ 170. No segundo caso, os candidatos devem ter renda familiar de até R$ 1.800, com taxa de arrendamento de 0,7% e prestações de R$ 280.
Há ainda uma terceira faixa de renda, de até R$ 2.800, válida somente para servidores da Segurança Pública e das Forças Armadas.
Seis empreendimentos do PAR já prontos, em Santa
Cruz, têm unidades disponíveis para compra e mudança imediata, segundo a Caixa. São imóveis de R$ 34 mil. Os interessados podem se inscrever nos mutirões que serão feitos em dois desses empreendimentos, de 5 a 8 de setembro:na Avenida Padre Guilherme Decaminada 415, em Santa Cruz, e na Rua das Amoreiras, lotes l e 2, em Cosmos.
Novas regras
Na semana passada, a Caixa anunciou a ampliação do prazo de financiamento imobiliário de 20 para 30 anos, para famílias com renda acima de R$ 1.875. Para quem tem rendimento abaixo desse valor, o prazo subiu para 25 anos. As novas regras entram em operação hoje nas agências.
Fonte: Jornal Extra
30?
Você prefere fazer um financiamento da casa própria de 30 anos, com prestação inicial de R$1.227, ou um contrato de 15 anos, com a primeira parcela em R$ 1.505? Quem sabe 20 anos e prestação de R$ 1.366? Apesar de a Caixa Econômica Federal (CEF) ter ampliado em dez anos o prazo máximo para pagamento do crédito imobiliário, fazendo com que a prestação passe a caber no bolso de um número maior de mutuários, especialistas acham que o ideal não é 20 nem 30, e sim, 15 anos.
É que, além de o total pago no financiamento ficar bem maior, a diferença no valor da prestação não é tão grande afinal, quanto mais se aumenta o prazo de financiamento, seja qual for a tabela de amortização utilizada, mais juros o comprador pagará. Nessa simulação da Reit Soluções Financeiras Imobiliárias, por exemplo, constata-se que, em 30 anos, a prestação inicial de um empréstimo de R$ 100 mil (confira no gráfico) até ficará R$ 278 abaixo do valor referente a um contrato de 15 anos. Mas na soma total, o mutuário vai desembolsar R$ 271.272 em 30 anos contra R$ 185.874 em 15 ou seja, 46% a mais.
Minha opinião é a de que quem pode pagar R$ 1.227 em 30 anos, deveria fazer um esforço para pagar R$ 1.505 em 15 anos e, assim, reduzir seu período de financiamento pela metade diz Maurício Visconti, diretor da Reit.
Sem dúvida, as alterações da CEF são importantes, pois vão possibilitar o acesso' à casa própria para aqueles que a renda não absorve uma prestação mais alta. Mas também é importante destacar que esta facilidade trará um custo final muito maior opina Miguel Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).
Segundo José Pereira, superintendente-técnico da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abe-cip), o que ocorre é que, na medida em que se alonga o prazo de financiamento, o valor amortizado na dívida mensalmente é menor. O executivo, no entanto, afirma que, num prazo menor ou maior, financeiramente, o mutuário está pagando a mesma coisa:
Ele ficou mais tempo com o dinheiro. Se essa pessoa tivesse o dinheiro e fizesse uma aplicação com a mesma taxa, no mesmo prazo, teria esse mesmo valor no final. O prazo é um mecanismo utilizado para que o tomador de recursos possa absorver a prestação.
Fonte: O Globo (Luciana Calaza)
Vendas de imóveis devem crescer com novos prazos
O aumento do prazo de financiamento dos contratos da Caixa Econômica Federal para até 30 anos traz benefícios à população. Agora, é possível comprar um imóvel pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) em período maior e por conseqüência com prestações mais baixas e que podem estar em harmonia no orçamento familiar, opinou ontem o conselheiro fundador da Rede Gaúcha de Imóveis, Gilberto Cabeda:
- A decisão fará com que pessoas de poder aquisitivo mais baixo possam realizar o sonho da casa própria.
Mas o cenário ficará melhor ainda quando os juros chegarem ao patamar de 10% ao ano para atrair e possibilitar que camadas da população de baixa renda e/ou classe média-baixa comprem um imóvel pelo SFH. Cabeda lembra ainda que é necessário maior oferta para as populações com menor poder aquisitivo.
Hoje, somente 12% das unidades oferecidas à venda são de imóveis de até R$ 120 mil. Segundo ele, quando houver destinação de construção nesta faixa de valor é que começará a ser resolvido o problema de déficit habitacional no Brasil.
Bancos correm atrás e clientes têm dúvida sobre financiamento
Futuro mutuário precisa decidir sobre o prazo mais vantajoso
Sonhar com a casa própria hoje implica decidir entre fechar o negócio agora ou esperar condições ainda melhores em 2008, escolher entre imóvel novo e usado, juros pré ou pós-fixados, este, aquele ou aquele outro banco e entre inúmeras linhas de crédito.
Para quem lembra a dificuldade que era obter e pagar um empréstimo imobiliário há menos de 10 anos - filas de espera, juros altos, prazos curtos - o excesso de oferta hoje parece uma bênção. E é.
- É o melhor dos mundos e só foi possível por duas situações: estabilidade e queda da taxa de juros reduzindo os ganhos dos bancos com títulos públicos. Quem ia querer financiar imóvel com juros de 14% ao ano quando tinha a Selic pagando 25%? Hoje, os bancos estão correndo atrás dos consumidores, porque sabem que crédito imobiliário é uma operação de baixo risco e fideliza o cliente por muitos anos - diz o economista Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac).
Há opções desde para quem vai comprar um imóvel de R$ 15 mil ou R$ 20 mil a bens com preços mínimo de R$ 350 mil, sem limite de teto.
Quanto menor o valor do imóvel, mais barato o custo do financiamento, e as melhores alternativas (leia-se: juros menores, prazos e percentuais de financiamentos maiores) são para os imóveis de até R$ 130 mil. No mesmo banco e para o mesmo tipo de imóvel, há tantos produtos que a escolha não chega a ser um pesadelo, mas também não é fácil.
- O cliente precisa pesquisar e fazer simulações. Quanto mais longo o prazo de financiamento, menor a prestação, porém mais caro será o valor do imóvel - alerta Oliveira.
O alongamento dos prazos de pagamento já desponta como a próxima tendência. Começou esta semana, com a decisão da Caixa de ampliar de 20 para 30 anos o prazo máximo nos financiamento e deve ser seguida pelos bancos privados. A grande vantagem é a prestação mais baixa para driblar o obstáculo da renda (que precisa ser três ou quatro vezes o valor da mensalidade). A desvantagem é custo final do imóvel.
No próximo ano, taxa de juros vai baixar um pouco
Segundo a Anefac, a diferença entre o pago num financiamento de 10 anos ou em 15 anos chega a 27,43%. Se o prazo subir para 20 anos, o valor pago a mais chega a 57,6% e se o mutuário optar por 25 anos, pagará 89% há mais do que se tivesse financiado o mesmo imóvel em 10 anos.
Outra questão a ser respondida é se a compra deve ser feita agora ou adiada. Para quem trabalha com carteira assinada e tem saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) adiar o sonho da casa própria para 2008 já significa pagar 0,5 ponto percentual de juros a menos por ano. Para esses trabalhadores, a taxa cobrada nas linhas com recursos do FGTS (válida para imóveis de até R$ 130 mil) será reduzida dos atuais 8,16% para 7,66%. Num empréstimo de R$ 100 mil, significa economia de R$ 2 mil no total pago. Vale a pena?
- A compra da casa é uma coisa que se faz muito poucas vezes na vida. No ano que vem, as condições vão ficar melhores. Mas quem garante que aquele imóvel que você viu vai estar disponível e você terá condições de pagar? O importante é encontrar aquilo que você quer - aconselha José Gonçalves, superintendente técnico da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança.
As notícias de 03/09, são:
As notícias de 03/09, são:
- SindusCon: mercado imobiliário está longe de "boom", diz presidente
- Caixa começa hoje financiamento de imóveis para 30 anos
- Lançamento de imóveis cresce 99,09%
- Previ-Rio financia casa própria
- O crédito nos bancos privados
- Concorrência chega à casa própria
- Cresce crédito para construtoras
SindusCon: mercado imobiliário está longe de "boom", diz presidente
De acordo com o presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti, apesar de a construção civil estar em plena expansão, o mercado ainda está longe de viver um "boom" imobiliário, já que corresponde a apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) - soma das riquezas da nação - do País.
"Não estamos nem próximos de um "boom". Temos muito a avançar. Para se ter uma idéia, no Chile, o financiamento de imóveis corresponde a 17% do PIB; no México, 11%; na Espanha chega a 50% e, nos Estados Unidos, a 69% do PIB", disse.
Mercado
O presidente ainda destacou que o cenário, no entanto, já foi pior, mas que está em recuperação. "Na última Sondagem Nacional da Construção, o indicador de perspectivas futuras foi de quase 60, algo que há muito tempo não víamos", disse.
Como reflexo deste dado positivo, está a alta do nível de emprego no setor nos primeiros seis meses do ano: mais de 7%.
Com relação aos preços, o presidente do SindusCon-SP disse que o momento não é propício a possíveis aumentos. "Temos que trabalhar a produtividade da mão-de-obra e ampliar a produção de insumos, para que o aumento da atividade da cadeia não justifique a elevação de preços de materiais", afirmou.
Fonte: InfoMoney (Flávia Furlan Nunes)
Caixa começa hoje financiamento de imóveis para 30 anos
A Caixa Econômica Federal começa hoje a oferecer financiamento de imóveis em até para 30 anos. A mudança, que só vale para novos contratos, foi anunciada na semana passada e poderá ser feita pela Carta de Crédito do FGTS ou pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos da caderneta de poupança.
As prestações mensais ficam 17% mais baratas, embora o valor total pago ao fim do empréstimo seja mais elevado. Os juros variam entre 8,16% e 13%, dependendo do valor do imóvel e forma de pagamento, segundo o Diário de S.Paulo.
A Caixa também criou uma nova faixa de financiamento, para imóveis entre R$ 130 mil e R$ 200 mil. Para os financiamentos entre estes valores os juros cobrados serão de 10,4% ao ano, mais o valor da Taxa Referencial (TR).
Anteriormente, a Caixa cobrava 12% de juros ao ano para imóveis financiados com valores de R$ 130 mil até R$ 350 mil.
Fonte: Portal Terra
Lançamento de imóveis cresce 99,09%
Na região metropolitana de Salvador, 2.876 novas unidades foram vendidas. Economia estável, queda de juros, prazos mais longos de financiamento e oferta crescente de crédito. Na Bahia, esses fatores aquecem o mercado imobiliário local. A última pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), revela um crescimento de 68,29% na venda de imóveis novos e de 99,09% no número de lançamentos no primeiro semestre deste ano com relação ao mesmo período de 2006.
Na região metropolitana de Salvador, 2.876 novas unidades foram vendidas e 3.289 lançadas. Do total de imóveis novos comercializados, 46% está na faixa de R$ 125 mil a R$ 250 mil, sendo que 68% são representados por apartamentos de dois e três quartos. "É o melhor resultado num primeiro semestre desde o início da realização do levantamento com as associadas da Ademi-BA em 1993", afirma o presidente da associação, Luiz Augusto Amoedo.
A retomada do mercado imobiliário baiano atrai construtoras e incorporadoras de outros estados. As grandes paulistas chegam e firmam parcerias com companhias locais, a exemplo da Gafisa com a OAS e da Cyrela com a Andrade Mendonça. Construtoras de outros estados, entretanto, também começam a explorar o bom momento do mercado baiano, como a goiana EBM e a sergipana Celi.
No caso da EBM, a decisão de entrar na disputa teve como ponto de apoio uma pesquisa que apontou Salvador como a capital nordestina com maior potencial na área imobiliária. "O estudo teve como base o faturamento dos últimos dois anos e a projeção dos próximos anos e sinalizou a capital baiana", diz Ricardo Fahel, gerente regional da empresa, que, além de Goiânia, também atua no interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Contudo, não são só construtoras e incorporadoras que estão sendo atraídas pelo potencial de negócios na área imobiliária da capital baiana. A carioca Apsa Soluções Imobiliárias, que atua na administração de condomínios e imóveis, investiu R$ 1 milhão na aquisição da carteira da baiana Pimenta Imobiliária. A empresa chega decidida a introduzir na cidade seu modelo de gestão condominial e de imóveis. "Viemos para Salvador pela pujança do mercado e nível de transações imobiliárias", destaca o diretor-superintendente da Apsa, Leonardo Schneider.
Com matriz no Rio de Janeiro, onde administra 2.750 condomínios e cinco mil imóveis, a Apsa fatura anualmente R$ 384 milhões. Com a operação na Bahia, a expectativa é de um incremento de 15% no resultado da empresa, que já administra a locação de 700 imóveis na capital baiana. A companhia espera bons resultados também na gestão de condomínios em Salvador e no Litoral Norte, onde estão sendo lançados vários empreendimentos de segunda residência. "Grandes construtoras estão vindo para a Bahia e estamos chegando para fechar a cadeia produtiva, oferecendo os serviços exigidos nos condomínios", enfatiza o diretor da Apsa.
A Lopes Consultoria Imobiliária também se instalou em Salvador, onde investiu R$ 1 milhão na abertura da filial, que inaugura seu plano de expansão geográfica no Nordeste. Para o diretor Tomás Salles, a chegada é decorrência natural da expansão do mercado baiano que tem atraído grandes investimentos na área. "Como trabalhamos em parceria com as maiores construtoras e incorporadoras nacionais, e muitas delas já estão olhando para o Nordeste como um mercado de interesse, nossa expectativa é ser um canal de vendas para esses parceiros", explica.
O desempenho do mercado imobiliário baiano nos primeiros seis meses deste ano reforça a expectativa de que sejam comercializados mais de seis mil imóveis novos em 2007. Além de historicamente sempre o segundo semestre ter maior volume de vendas, em outubro, de 8 a 18, será realizado o 2º Salão de Negócios Imobiliários da Bahia, no Centro de Convenções da Bahia. A iniciativa da Ademi-BA alavancou o último trimestre do ano passado. O evento movimentou R$ 106,5 milhões em vendas e a expectativa é de que o resultado dobre este ano. O número de expositores inscritos, que foi de 66 em 2006, já pulou para 90. "Serão ofertadas mais de cinco mil unidades habitacionais", conta o diretor de marketing da Ademi-BA, Cláudio Cunha.
A OAS é uma das empresas que já garantiu participação no Salão de Negócios Imobiliários da Bahia. Em parceria com a Gafisa, a construtora baiana marcou seu retorno ao segmento residencial no ano passado, justamente participando do evento. "Além das oportunidades de negócios, o Salão funciona como termômetro do mercado, possibilitando avaliar a performance e a velocidade de vendas", diz o executivo da companhia Manoel Aguiar.
Para o presidente da Ademi, Luiz Augusto Amoedo, o Salão de Negócios Imobiliários da Bahia marcou a retomada do mercado baiano no ano passado. "O Salão não só deu maior visibilidade à conjuntura favorável que começava a se formar para o mercado imobiliário, com juros em queda, maior oferta de crédito e alongamento de prazos, como também apresentou um excelente resultado". Amoedo observa que, para melhorar ainda mais, neste ano, a oferta de crédito está aumentando e os juros continuam em queda, sinalizando condições ainda mais favoráveis para os negócios no Salão de Negócios Imobiliários da Bahia 2007.
Fonte: Gazeta Mercantil (José Pacheco Maia Filho)
Previ-Rio financia casa própria
Servidores ativos e aposentados da Prefeitura do Rio que desejam comprar a casa própria terão mais uma oportunidade, a partir do dia 17, quando começam as inscrições para a nova fase do programa de financiamento imobiliário do Previ-Rio. Os interessados deverão se inscrever pela internet, no endereço www.rio.rj.gov.br/previrio, até o dia 31 de outubro. De acordo com o Previ-Rio, mais de R$ 722 milhões já foram investidos em mais de 18 mil escrituras assinadas desde a criação do programa, em 1994.
A etapa atual traz uma série de vantagens para o servidor. O valor máximo do financiamento aumentou de R$ 150 mil para R$ 240 mil, enquanto o valor mínimo para a complementação da Prefeitura foi ampliado de R$ 30 mil para R$ 40 mil. Os juros anuais, que antes chegavam a 12% ao ano, serão agora de 3% a 8% ao ano, de acordo com o valor do financiamento.
Quem já possui imóveis, agora poderá utilizar a carta de crédito para comprar uma nova casa, o que antes era impossível. O prazo do financiamento também foi dilatado e poderá ser de 15, 20 ou 30 anos. Além disso, o imóvel pode estar localizado em qualquer município do Estado do Rio, quando antes era somente na capital e em alguns municípios próximos.
Juros
Algumas dessas mudanças também contemplam financiamentos já concedidos. Contratos em vigor poderão ter os juros reduzidos para se ajustar aos novos limites, ou seja, servidores com financiamentos a juros de 12% poderão reduzi-los a 8% e também poderão optar pela prorrogação do prazo contratado para 30 anos. As demais condições permanecem iguais. Ativos e inativos têm direito à carta de crédito.
Fonte: O Fluminense
O crédito nos bancos privados
As condições abaixo se referem a contratos com prestações atualizadas (pelo sistema SAC, o mais usado no mercado). Bradesco e Itaú emprestam por até 25 anos; os demais, até 20.
BRADESCO: Para imóveis de até R$ 120 mil, a taxa pode ser de 9% ao ano mais TR durante todo o contrato ou de 8% nos primeiros 36 meses e 11,5% no prazo restante. Imóveis acima de R$ 120 mil e até R$ 350 mil são financiados com juros de 11,5% mais TR. Acima desse valor, taxas de 12% mais TR.
ITAÚ: O banco financia imóveis com valor entre R$ 40 mil e R$ 120 mil com juros de 8% ao ano mais TR nos primeiros 36 meses e 12% no prazo remanescente; de 8,5% mais TR nos primeiros 60 meses e 12% no prazo restante ou ainda de 9% durante todo o contrato. Imóveis com valor entre R$ 120 mil e R$ 350 mil têm juros de 12% ao ano mais TR e, a partir de R$ 350 mil, de 12,5% mais TR.
SANTANDER: Na linha Super Casa Parcelas Atualizáveis, os juros da compra de imóveis com preço entre R$ 40 mil e R$ 120 mil são de 7,95% ao ano mais TR nos primeiros 36 meses e 12% depois. Para imóveis que custam entre R$ 120 mil e R$ 350 mil, a taxa é de 10,95% mais TR do primeiro ao décimo ano do contrato e 8,95% no prazo restante.
Para imóveis acima desse valor, o banco só financia com prestações fixas (Tabela Price).
REAL ABN AMRO: Para imóveis de até R$ 120 mil, os juros são de 9% ao ano mais TR. Para imóveis de R$ 120 mil a R$ 350 mil, taxa de 11,50% mais TR. E, para imóveis acima de R$ 350 mil (ou financiamento a partir de R$ 245 mil), 12% mais TR.
UNIBANCO: Os juros são de 8% ao ano mais TR para imóveis até R$ 120 mil nos primeiros 36 meses e 10,9% nos meses subseqüentes; 10,9% ao ano mais TR para imóveis acima de R$ 120 mil e até R$ 350 mil e 12,5% ao ano para imóveis acima de R$ 350 mil.
HSBC: Pelo SFH, os imóveis de R$ 50 mil a R$ 120 mil contam, nos 36 primeiros meses, com taxa de 7,98% ao ano mais TR e, nos meses subseqüentes, de 10,98% mais TR. Entre R$ 120 mil e R$ 350 mil, taxa de 11% ao ano mais TR em todo o contrato. Em outra modalidade de crédito, aplicada a imóveis que custam a partir de R$ 150 mil, os juros são prefixados, em taxas de 12,68%. Nesse caso, o prazo máximo é de dez anos e o financiamento, de até 75% do valor do imóvel. Na carteira hipotecária, juros de 12,5% mais TR.
Fonte: O Globo
Concorrência chega à casa própria
A tão esperada concorrência finalmente chegou ao crédito habitacional. Desde o ano passado, a queda dos juros vinha alimentando uma expansão considerável no volume de financiamentos para a compra de imóveis. Mas apenas na semana passada começou a ficar evidente a disputa das instituições por um mercado cada vez maior. Reagindo ao avanço dos bancos privados em um segmento que sempre dominou, a Caixa Econômica Federal aumentou em 50% o prazo máximo de parcelamento da casa própria, que passou de 20 para 30 anos. A intenção do banco estatal é manter em 37% sua participação nos financiamentos com recursos da poupança.
“Até dois anos atrás, o prazo máximo dos bancos privados era de 15 anos. Depois subiu para 20 e, mais recentemente, para 25 anos. Agora a Caixa oferece 30. É a chegada de algo com que sempre sonhamos: a concorrência entre os bancos”, diz Norberto Baú, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR).
Expansão- Volume financiado cresce 72%, ainda longe do recorde de 2002 O mês de julho foi o melhor da história do financiamento habitacional com recursos da poupança. Foram liberados empréstimos de R$ 1,58 bilhão, quase o dobro do mesmo período de 2006, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Os números de 2007 também impressionam: de janeiro a julho, os recursos contratados somaram R$ 8,52 bilhões, com alta de 72% em relação aos sete primeiros meses de 2006. Os bancos financiaram mais de 151 mil imóveis no ano, 64,2% a mais que em igual período do ano passado.
Dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR) mostram que o mercado curitibano também está aquecido. A área residencial liberada para a construção foi de 600 mil metros quadrados no primeiro semestre, praticamente o dobro do registrado entre janeiro e junho de 2006.
No entanto, a expansão terá de ser maior para que a construção civil de Curitiba supere o melhor resultado da década, registrado em 2002, quando foram liberados 1,5 milhão de metros quadrados. (FJ)Outro ponto importante: a combinação de mais prazo e menos juro resulta em prestações mensais menores e a exigência de rendimento mensal mais baixo. Em outras palavras, a parcela mensal cabe no orçamento de mais gente. No caso da Caixa, quem comprar um imóvel de R$ 200 mil, financiando R$ 140 mil, vai pagar R$ 1.699,02 por mês ao longo de 30 anos – valor 15% menor que o cobrado quando o prazo era de 20 anos. A renda familiar exigida recuou na mesma proporção, para R$ 5.663,39. Para um financiamento de R$ 80 mil com recursos do FGTS, a parcela caiu 17%, para R$ 824,69 ao mês, enquanto a renda familiar caiu de R$ 3.309,29 para R$ 2.748,97.
O presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PR), Hugo Peretti Neto, aposta que a briga pelo prazo mais longo vai continuar. “A cada anúncio que a Caixa faz, os bancos privados vão atrás. É bem provável que eles aumentem ainda mais os seus prazos”, diz Peretti, lembrando que há dois meses Itaú e Bradesco haviam invertido a tendência, obrigando a Caixa a reagir.
Empresários do setor não sabem estimar o impacto exato dessa medida sobre a expansão do crédito, mas acreditam que ela vai estimular uma mudança cultural. O brasileiro, antes acostumado a parcelar bens de pequeno valor, como eletrodomésticos, se sentiu confiante para assumir prestações mais longas para comprar o carro. O próximo passo será fazer o mesmo com os imóveis, como ocorre nos países desenvolvidos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os consumidores não alimentam o sonho de quitar a casa própria, porque têm de pagar mais imposto ao adquirir o patrimônio. Com regras diferentes e juros irrisórios, eles preferem passar a vida trocando um financiamento por outro. “Meses atrás, um empresário sul-africano me perguntou porque no Brasil a pessoa financia o automóvel e não a casa. É simples: porque, no caso do automóvel, o prazo é muito mais curto e a pessoa se livra da prestação mais cedo”, explica o gerente financeiro da incorporadora paulista Rossi, Ivan Piffer. “Quando há um horizonte de estabilidade, a pessoa se sente mais confortável. A tendência, no longo prazo, é que o brasileiro passe a financiar a casa e comprar o automóvel à vista.”
Outra mudança importante é que as medidas adotadas pelos bancos nos últimos meses contemplam imóveis para a classe média, até então deixada de lado. A prioridade, ao menos para a Caixa, sempre foi atender às camadas mais pobres da população.
Fonte: Gazeta do Povo – PR
Cresce crédito para construtoras
A recente turbulência nos mercado globais, provocada pelos problemas de inadimplência nos financiamentos imobiliários dos Estados Unidos, não tive impacto por enquanto no crédito habitacional brasileiro. As linhas de empréstimos continuam em expansão, segundo participantes do setor, e na semana passada a Caixa Econômica Federal, a maior do setor, anunciou ainda um aumento nos prazos das linhas, para 30 anos.
Além disso, o aumento dos investimentos na construção civil tem elevado a demanda por crédito nos bancos por parte das construtoras. Para crescer nesse segmento, as instituições financeiras apostam justamente nas parcerias com as empresas. Esses acordos têm sido a forma para garantir o financiamento tanto da obra quanto dos clientes.
O Unibanco lançou um novo produto, chamado "Individualizado", para financiar a obra com a garantia dos recebíveis dos clientes. O banco fecha parceria com a construtora e financia todos os clientes da obra em até 95% do valor do imóvel. Os 5% pagos à vista e outros 15% pagos até a entrega das chaves (durante 30 meses, prazo médio da obra) entram numa conta da construtora para financiar a construção.
O tradicional "Plano Empresário", que usa recursos da poupança para financiar a construção, funciona apenas como conta garantida, caso não seja atingida a meta de venda de 50% das unidades nos seis primeiros meses. Com isso, o banco consegue oferecer taxas mais baixas, de até 8% ao ano, explica o executivo de vendas do Unibanco, Alex Stanisci.
Outros bancos também avançaram nesse setor. Os dados dos balanços confirmam essa tendência. O crédito para empresas do Bradesco subiu 100%, contra 30% de avanço para as pessoas físicas. Com a farta liquidez, os bancos têm concedido crédito também para a construtora diretamente (capital de giro) e até mesmo para compra de terrenos, diz o vice-presidente do Bradesco, Ademir Cossielo. "O banco oferece linhas específicas adequadas ao fluxo de caixa da companhia e ao prazo da obra", diz.
No Itaú, segundo o diretor da área, Luiz França, o crédito para empresas cresceu 40% entre nos últimos doze meses até junho, atingindo um total de R$ 560 milhões contratados. "Basicamente financiamos 80% do custo de uma obra", explica.
França pondera, no entanto, que o financiamento desde o início da obra ainda é um desafio para este mercado. "Esta equação é complexa de se resolver, pois existem riscos para este empréstimo dado que o imóvel ainda não existe e os juros são cobrados deste o momento zero", avalia.
O Banco Real também registra forte crescimento na concessão para empresas, diz o diretor da área Antônio Barbosa. O banco começou um programa de avaliação sustentável dos projetos.
Conforme mostrou na última semana o Valor, o grupo Votorantim, por meio do banco do conglomerado, também entrou de forma direta no setor de incorporação, criando uma nova área.
A euforia se deve aos números forte do setor. Segundo dados do Banco Central, nos últimos doze meses, até junho, foram concedidos novos financiamentos num total de R$ 5,4 bilhões para construção de imóveis. Além disso, dados da Câmara Brasileira da Construção (Cbic) mostram que o número de unidades construídas no Brasil cresceu 28% nos últimos doze meses.
O presidente do Secovi, Romeu Chap Chap, diz que isso se deve à oferta cada vez maior de empréstimos dos bancos e das mudanças legais ocorridas recentemente. Desde a lei do patrimônio de afetação, os bancos concedem crédito diretamente para uma obra específica, reduzindo o risco em caso de quebra das empresas (como no caso Encol). Ele disse ainda que, mesmo com crédito farto, as construtoras seguirão oferecendo financiamento aos clientes.
Stanisci, do Unibanco, lembra, no entanto, que o recente movimento de abertura de capital levou para as construtoras uma nova visão, de governança, que eleva a preocupações dos acionista em aumentar a rentabilidade do capital. "É melhor pagar o custo do financiamento bancário ao invés de emprestar para os clientes cobrando IGP-M mais 12%", avalia.
Os bancos também têm feito parcerias com imobiliárias para o financiamento de imóveis usados. A Júlio Bogoricin, do Rio de Janeiro, fechou recentemente acordo com o Unibanco e somente no mês de agosto, durante a crise, registrou avanço de 50% nas vendas, acima dos 30% de crescimento mensal, explica o diretor de Marketing da Júlio Bogoricin, Márcio Pegado.
Apesar do otimismo, uma das preocupação está na possível elevação das taxas com o recente avanço dos juros futuros decorrentes da crise mundial. Como mostrou o Valor, algumas linhas de financiamento já tiveram a queda das taxas interrompidas e em outras, como veículos, já subiram. O Instituto de Estudo para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), em relatório, analisa a continuidade da queda tanto das taxas quanto dos spreads, mas ressalta que a crise pode mudar esse quadro "se afetar negativamente a confiança de recebimento dos bancos no crédito concedido, caso em que os spreads serão majorados", diz.
Fonte: Valor Econômico
- SindusCon: mercado imobiliário está longe de "boom", diz presidente
- Caixa começa hoje financiamento de imóveis para 30 anos
- Lançamento de imóveis cresce 99,09%
- Previ-Rio financia casa própria
- O crédito nos bancos privados
- Concorrência chega à casa própria
- Cresce crédito para construtoras
SindusCon: mercado imobiliário está longe de "boom", diz presidente
De acordo com o presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti, apesar de a construção civil estar em plena expansão, o mercado ainda está longe de viver um "boom" imobiliário, já que corresponde a apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) - soma das riquezas da nação - do País.
"Não estamos nem próximos de um "boom". Temos muito a avançar. Para se ter uma idéia, no Chile, o financiamento de imóveis corresponde a 17% do PIB; no México, 11%; na Espanha chega a 50% e, nos Estados Unidos, a 69% do PIB", disse.
Mercado
O presidente ainda destacou que o cenário, no entanto, já foi pior, mas que está em recuperação. "Na última Sondagem Nacional da Construção, o indicador de perspectivas futuras foi de quase 60, algo que há muito tempo não víamos", disse.
Como reflexo deste dado positivo, está a alta do nível de emprego no setor nos primeiros seis meses do ano: mais de 7%.
Com relação aos preços, o presidente do SindusCon-SP disse que o momento não é propício a possíveis aumentos. "Temos que trabalhar a produtividade da mão-de-obra e ampliar a produção de insumos, para que o aumento da atividade da cadeia não justifique a elevação de preços de materiais", afirmou.
Fonte: InfoMoney (Flávia Furlan Nunes)
Caixa começa hoje financiamento de imóveis para 30 anos
A Caixa Econômica Federal começa hoje a oferecer financiamento de imóveis em até para 30 anos. A mudança, que só vale para novos contratos, foi anunciada na semana passada e poderá ser feita pela Carta de Crédito do FGTS ou pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos da caderneta de poupança.
As prestações mensais ficam 17% mais baratas, embora o valor total pago ao fim do empréstimo seja mais elevado. Os juros variam entre 8,16% e 13%, dependendo do valor do imóvel e forma de pagamento, segundo o Diário de S.Paulo.
A Caixa também criou uma nova faixa de financiamento, para imóveis entre R$ 130 mil e R$ 200 mil. Para os financiamentos entre estes valores os juros cobrados serão de 10,4% ao ano, mais o valor da Taxa Referencial (TR).
Anteriormente, a Caixa cobrava 12% de juros ao ano para imóveis financiados com valores de R$ 130 mil até R$ 350 mil.
Fonte: Portal Terra
Lançamento de imóveis cresce 99,09%
Na região metropolitana de Salvador, 2.876 novas unidades foram vendidas. Economia estável, queda de juros, prazos mais longos de financiamento e oferta crescente de crédito. Na Bahia, esses fatores aquecem o mercado imobiliário local. A última pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), revela um crescimento de 68,29% na venda de imóveis novos e de 99,09% no número de lançamentos no primeiro semestre deste ano com relação ao mesmo período de 2006.
Na região metropolitana de Salvador, 2.876 novas unidades foram vendidas e 3.289 lançadas. Do total de imóveis novos comercializados, 46% está na faixa de R$ 125 mil a R$ 250 mil, sendo que 68% são representados por apartamentos de dois e três quartos. "É o melhor resultado num primeiro semestre desde o início da realização do levantamento com as associadas da Ademi-BA em 1993", afirma o presidente da associação, Luiz Augusto Amoedo.
A retomada do mercado imobiliário baiano atrai construtoras e incorporadoras de outros estados. As grandes paulistas chegam e firmam parcerias com companhias locais, a exemplo da Gafisa com a OAS e da Cyrela com a Andrade Mendonça. Construtoras de outros estados, entretanto, também começam a explorar o bom momento do mercado baiano, como a goiana EBM e a sergipana Celi.
No caso da EBM, a decisão de entrar na disputa teve como ponto de apoio uma pesquisa que apontou Salvador como a capital nordestina com maior potencial na área imobiliária. "O estudo teve como base o faturamento dos últimos dois anos e a projeção dos próximos anos e sinalizou a capital baiana", diz Ricardo Fahel, gerente regional da empresa, que, além de Goiânia, também atua no interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Contudo, não são só construtoras e incorporadoras que estão sendo atraídas pelo potencial de negócios na área imobiliária da capital baiana. A carioca Apsa Soluções Imobiliárias, que atua na administração de condomínios e imóveis, investiu R$ 1 milhão na aquisição da carteira da baiana Pimenta Imobiliária. A empresa chega decidida a introduzir na cidade seu modelo de gestão condominial e de imóveis. "Viemos para Salvador pela pujança do mercado e nível de transações imobiliárias", destaca o diretor-superintendente da Apsa, Leonardo Schneider.
Com matriz no Rio de Janeiro, onde administra 2.750 condomínios e cinco mil imóveis, a Apsa fatura anualmente R$ 384 milhões. Com a operação na Bahia, a expectativa é de um incremento de 15% no resultado da empresa, que já administra a locação de 700 imóveis na capital baiana. A companhia espera bons resultados também na gestão de condomínios em Salvador e no Litoral Norte, onde estão sendo lançados vários empreendimentos de segunda residência. "Grandes construtoras estão vindo para a Bahia e estamos chegando para fechar a cadeia produtiva, oferecendo os serviços exigidos nos condomínios", enfatiza o diretor da Apsa.
A Lopes Consultoria Imobiliária também se instalou em Salvador, onde investiu R$ 1 milhão na abertura da filial, que inaugura seu plano de expansão geográfica no Nordeste. Para o diretor Tomás Salles, a chegada é decorrência natural da expansão do mercado baiano que tem atraído grandes investimentos na área. "Como trabalhamos em parceria com as maiores construtoras e incorporadoras nacionais, e muitas delas já estão olhando para o Nordeste como um mercado de interesse, nossa expectativa é ser um canal de vendas para esses parceiros", explica.
O desempenho do mercado imobiliário baiano nos primeiros seis meses deste ano reforça a expectativa de que sejam comercializados mais de seis mil imóveis novos em 2007. Além de historicamente sempre o segundo semestre ter maior volume de vendas, em outubro, de 8 a 18, será realizado o 2º Salão de Negócios Imobiliários da Bahia, no Centro de Convenções da Bahia. A iniciativa da Ademi-BA alavancou o último trimestre do ano passado. O evento movimentou R$ 106,5 milhões em vendas e a expectativa é de que o resultado dobre este ano. O número de expositores inscritos, que foi de 66 em 2006, já pulou para 90. "Serão ofertadas mais de cinco mil unidades habitacionais", conta o diretor de marketing da Ademi-BA, Cláudio Cunha.
A OAS é uma das empresas que já garantiu participação no Salão de Negócios Imobiliários da Bahia. Em parceria com a Gafisa, a construtora baiana marcou seu retorno ao segmento residencial no ano passado, justamente participando do evento. "Além das oportunidades de negócios, o Salão funciona como termômetro do mercado, possibilitando avaliar a performance e a velocidade de vendas", diz o executivo da companhia Manoel Aguiar.
Para o presidente da Ademi, Luiz Augusto Amoedo, o Salão de Negócios Imobiliários da Bahia marcou a retomada do mercado baiano no ano passado. "O Salão não só deu maior visibilidade à conjuntura favorável que começava a se formar para o mercado imobiliário, com juros em queda, maior oferta de crédito e alongamento de prazos, como também apresentou um excelente resultado". Amoedo observa que, para melhorar ainda mais, neste ano, a oferta de crédito está aumentando e os juros continuam em queda, sinalizando condições ainda mais favoráveis para os negócios no Salão de Negócios Imobiliários da Bahia 2007.
Fonte: Gazeta Mercantil (José Pacheco Maia Filho)
Previ-Rio financia casa própria
Servidores ativos e aposentados da Prefeitura do Rio que desejam comprar a casa própria terão mais uma oportunidade, a partir do dia 17, quando começam as inscrições para a nova fase do programa de financiamento imobiliário do Previ-Rio. Os interessados deverão se inscrever pela internet, no endereço www.rio.rj.gov.br/previrio, até o dia 31 de outubro. De acordo com o Previ-Rio, mais de R$ 722 milhões já foram investidos em mais de 18 mil escrituras assinadas desde a criação do programa, em 1994.
A etapa atual traz uma série de vantagens para o servidor. O valor máximo do financiamento aumentou de R$ 150 mil para R$ 240 mil, enquanto o valor mínimo para a complementação da Prefeitura foi ampliado de R$ 30 mil para R$ 40 mil. Os juros anuais, que antes chegavam a 12% ao ano, serão agora de 3% a 8% ao ano, de acordo com o valor do financiamento.
Quem já possui imóveis, agora poderá utilizar a carta de crédito para comprar uma nova casa, o que antes era impossível. O prazo do financiamento também foi dilatado e poderá ser de 15, 20 ou 30 anos. Além disso, o imóvel pode estar localizado em qualquer município do Estado do Rio, quando antes era somente na capital e em alguns municípios próximos.
Juros
Algumas dessas mudanças também contemplam financiamentos já concedidos. Contratos em vigor poderão ter os juros reduzidos para se ajustar aos novos limites, ou seja, servidores com financiamentos a juros de 12% poderão reduzi-los a 8% e também poderão optar pela prorrogação do prazo contratado para 30 anos. As demais condições permanecem iguais. Ativos e inativos têm direito à carta de crédito.
Fonte: O Fluminense
O crédito nos bancos privados
As condições abaixo se referem a contratos com prestações atualizadas (pelo sistema SAC, o mais usado no mercado). Bradesco e Itaú emprestam por até 25 anos; os demais, até 20.
BRADESCO: Para imóveis de até R$ 120 mil, a taxa pode ser de 9% ao ano mais TR durante todo o contrato ou de 8% nos primeiros 36 meses e 11,5% no prazo restante. Imóveis acima de R$ 120 mil e até R$ 350 mil são financiados com juros de 11,5% mais TR. Acima desse valor, taxas de 12% mais TR.
ITAÚ: O banco financia imóveis com valor entre R$ 40 mil e R$ 120 mil com juros de 8% ao ano mais TR nos primeiros 36 meses e 12% no prazo remanescente; de 8,5% mais TR nos primeiros 60 meses e 12% no prazo restante ou ainda de 9% durante todo o contrato. Imóveis com valor entre R$ 120 mil e R$ 350 mil têm juros de 12% ao ano mais TR e, a partir de R$ 350 mil, de 12,5% mais TR.
SANTANDER: Na linha Super Casa Parcelas Atualizáveis, os juros da compra de imóveis com preço entre R$ 40 mil e R$ 120 mil são de 7,95% ao ano mais TR nos primeiros 36 meses e 12% depois. Para imóveis que custam entre R$ 120 mil e R$ 350 mil, a taxa é de 10,95% mais TR do primeiro ao décimo ano do contrato e 8,95% no prazo restante.
Para imóveis acima desse valor, o banco só financia com prestações fixas (Tabela Price).
REAL ABN AMRO: Para imóveis de até R$ 120 mil, os juros são de 9% ao ano mais TR. Para imóveis de R$ 120 mil a R$ 350 mil, taxa de 11,50% mais TR. E, para imóveis acima de R$ 350 mil (ou financiamento a partir de R$ 245 mil), 12% mais TR.
UNIBANCO: Os juros são de 8% ao ano mais TR para imóveis até R$ 120 mil nos primeiros 36 meses e 10,9% nos meses subseqüentes; 10,9% ao ano mais TR para imóveis acima de R$ 120 mil e até R$ 350 mil e 12,5% ao ano para imóveis acima de R$ 350 mil.
HSBC: Pelo SFH, os imóveis de R$ 50 mil a R$ 120 mil contam, nos 36 primeiros meses, com taxa de 7,98% ao ano mais TR e, nos meses subseqüentes, de 10,98% mais TR. Entre R$ 120 mil e R$ 350 mil, taxa de 11% ao ano mais TR em todo o contrato. Em outra modalidade de crédito, aplicada a imóveis que custam a partir de R$ 150 mil, os juros são prefixados, em taxas de 12,68%. Nesse caso, o prazo máximo é de dez anos e o financiamento, de até 75% do valor do imóvel. Na carteira hipotecária, juros de 12,5% mais TR.
Fonte: O Globo
Concorrência chega à casa própria
A tão esperada concorrência finalmente chegou ao crédito habitacional. Desde o ano passado, a queda dos juros vinha alimentando uma expansão considerável no volume de financiamentos para a compra de imóveis. Mas apenas na semana passada começou a ficar evidente a disputa das instituições por um mercado cada vez maior. Reagindo ao avanço dos bancos privados em um segmento que sempre dominou, a Caixa Econômica Federal aumentou em 50% o prazo máximo de parcelamento da casa própria, que passou de 20 para 30 anos. A intenção do banco estatal é manter em 37% sua participação nos financiamentos com recursos da poupança.
“Até dois anos atrás, o prazo máximo dos bancos privados era de 15 anos. Depois subiu para 20 e, mais recentemente, para 25 anos. Agora a Caixa oferece 30. É a chegada de algo com que sempre sonhamos: a concorrência entre os bancos”, diz Norberto Baú, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR).
Expansão- Volume financiado cresce 72%, ainda longe do recorde de 2002 O mês de julho foi o melhor da história do financiamento habitacional com recursos da poupança. Foram liberados empréstimos de R$ 1,58 bilhão, quase o dobro do mesmo período de 2006, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Os números de 2007 também impressionam: de janeiro a julho, os recursos contratados somaram R$ 8,52 bilhões, com alta de 72% em relação aos sete primeiros meses de 2006. Os bancos financiaram mais de 151 mil imóveis no ano, 64,2% a mais que em igual período do ano passado.
Dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR) mostram que o mercado curitibano também está aquecido. A área residencial liberada para a construção foi de 600 mil metros quadrados no primeiro semestre, praticamente o dobro do registrado entre janeiro e junho de 2006.
No entanto, a expansão terá de ser maior para que a construção civil de Curitiba supere o melhor resultado da década, registrado em 2002, quando foram liberados 1,5 milhão de metros quadrados. (FJ)Outro ponto importante: a combinação de mais prazo e menos juro resulta em prestações mensais menores e a exigência de rendimento mensal mais baixo. Em outras palavras, a parcela mensal cabe no orçamento de mais gente. No caso da Caixa, quem comprar um imóvel de R$ 200 mil, financiando R$ 140 mil, vai pagar R$ 1.699,02 por mês ao longo de 30 anos – valor 15% menor que o cobrado quando o prazo era de 20 anos. A renda familiar exigida recuou na mesma proporção, para R$ 5.663,39. Para um financiamento de R$ 80 mil com recursos do FGTS, a parcela caiu 17%, para R$ 824,69 ao mês, enquanto a renda familiar caiu de R$ 3.309,29 para R$ 2.748,97.
O presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PR), Hugo Peretti Neto, aposta que a briga pelo prazo mais longo vai continuar. “A cada anúncio que a Caixa faz, os bancos privados vão atrás. É bem provável que eles aumentem ainda mais os seus prazos”, diz Peretti, lembrando que há dois meses Itaú e Bradesco haviam invertido a tendência, obrigando a Caixa a reagir.
Empresários do setor não sabem estimar o impacto exato dessa medida sobre a expansão do crédito, mas acreditam que ela vai estimular uma mudança cultural. O brasileiro, antes acostumado a parcelar bens de pequeno valor, como eletrodomésticos, se sentiu confiante para assumir prestações mais longas para comprar o carro. O próximo passo será fazer o mesmo com os imóveis, como ocorre nos países desenvolvidos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os consumidores não alimentam o sonho de quitar a casa própria, porque têm de pagar mais imposto ao adquirir o patrimônio. Com regras diferentes e juros irrisórios, eles preferem passar a vida trocando um financiamento por outro. “Meses atrás, um empresário sul-africano me perguntou porque no Brasil a pessoa financia o automóvel e não a casa. É simples: porque, no caso do automóvel, o prazo é muito mais curto e a pessoa se livra da prestação mais cedo”, explica o gerente financeiro da incorporadora paulista Rossi, Ivan Piffer. “Quando há um horizonte de estabilidade, a pessoa se sente mais confortável. A tendência, no longo prazo, é que o brasileiro passe a financiar a casa e comprar o automóvel à vista.”
Outra mudança importante é que as medidas adotadas pelos bancos nos últimos meses contemplam imóveis para a classe média, até então deixada de lado. A prioridade, ao menos para a Caixa, sempre foi atender às camadas mais pobres da população.
Fonte: Gazeta do Povo – PR
Cresce crédito para construtoras
A recente turbulência nos mercado globais, provocada pelos problemas de inadimplência nos financiamentos imobiliários dos Estados Unidos, não tive impacto por enquanto no crédito habitacional brasileiro. As linhas de empréstimos continuam em expansão, segundo participantes do setor, e na semana passada a Caixa Econômica Federal, a maior do setor, anunciou ainda um aumento nos prazos das linhas, para 30 anos.
Além disso, o aumento dos investimentos na construção civil tem elevado a demanda por crédito nos bancos por parte das construtoras. Para crescer nesse segmento, as instituições financeiras apostam justamente nas parcerias com as empresas. Esses acordos têm sido a forma para garantir o financiamento tanto da obra quanto dos clientes.
O Unibanco lançou um novo produto, chamado "Individualizado", para financiar a obra com a garantia dos recebíveis dos clientes. O banco fecha parceria com a construtora e financia todos os clientes da obra em até 95% do valor do imóvel. Os 5% pagos à vista e outros 15% pagos até a entrega das chaves (durante 30 meses, prazo médio da obra) entram numa conta da construtora para financiar a construção.
O tradicional "Plano Empresário", que usa recursos da poupança para financiar a construção, funciona apenas como conta garantida, caso não seja atingida a meta de venda de 50% das unidades nos seis primeiros meses. Com isso, o banco consegue oferecer taxas mais baixas, de até 8% ao ano, explica o executivo de vendas do Unibanco, Alex Stanisci.
Outros bancos também avançaram nesse setor. Os dados dos balanços confirmam essa tendência. O crédito para empresas do Bradesco subiu 100%, contra 30% de avanço para as pessoas físicas. Com a farta liquidez, os bancos têm concedido crédito também para a construtora diretamente (capital de giro) e até mesmo para compra de terrenos, diz o vice-presidente do Bradesco, Ademir Cossielo. "O banco oferece linhas específicas adequadas ao fluxo de caixa da companhia e ao prazo da obra", diz.
No Itaú, segundo o diretor da área, Luiz França, o crédito para empresas cresceu 40% entre nos últimos doze meses até junho, atingindo um total de R$ 560 milhões contratados. "Basicamente financiamos 80% do custo de uma obra", explica.
França pondera, no entanto, que o financiamento desde o início da obra ainda é um desafio para este mercado. "Esta equação é complexa de se resolver, pois existem riscos para este empréstimo dado que o imóvel ainda não existe e os juros são cobrados deste o momento zero", avalia.
O Banco Real também registra forte crescimento na concessão para empresas, diz o diretor da área Antônio Barbosa. O banco começou um programa de avaliação sustentável dos projetos.
Conforme mostrou na última semana o Valor, o grupo Votorantim, por meio do banco do conglomerado, também entrou de forma direta no setor de incorporação, criando uma nova área.
A euforia se deve aos números forte do setor. Segundo dados do Banco Central, nos últimos doze meses, até junho, foram concedidos novos financiamentos num total de R$ 5,4 bilhões para construção de imóveis. Além disso, dados da Câmara Brasileira da Construção (Cbic) mostram que o número de unidades construídas no Brasil cresceu 28% nos últimos doze meses.
O presidente do Secovi, Romeu Chap Chap, diz que isso se deve à oferta cada vez maior de empréstimos dos bancos e das mudanças legais ocorridas recentemente. Desde a lei do patrimônio de afetação, os bancos concedem crédito diretamente para uma obra específica, reduzindo o risco em caso de quebra das empresas (como no caso Encol). Ele disse ainda que, mesmo com crédito farto, as construtoras seguirão oferecendo financiamento aos clientes.
Stanisci, do Unibanco, lembra, no entanto, que o recente movimento de abertura de capital levou para as construtoras uma nova visão, de governança, que eleva a preocupações dos acionista em aumentar a rentabilidade do capital. "É melhor pagar o custo do financiamento bancário ao invés de emprestar para os clientes cobrando IGP-M mais 12%", avalia.
Os bancos também têm feito parcerias com imobiliárias para o financiamento de imóveis usados. A Júlio Bogoricin, do Rio de Janeiro, fechou recentemente acordo com o Unibanco e somente no mês de agosto, durante a crise, registrou avanço de 50% nas vendas, acima dos 30% de crescimento mensal, explica o diretor de Marketing da Júlio Bogoricin, Márcio Pegado.
Apesar do otimismo, uma das preocupação está na possível elevação das taxas com o recente avanço dos juros futuros decorrentes da crise mundial. Como mostrou o Valor, algumas linhas de financiamento já tiveram a queda das taxas interrompidas e em outras, como veículos, já subiram. O Instituto de Estudo para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), em relatório, analisa a continuidade da queda tanto das taxas quanto dos spreads, mas ressalta que a crise pode mudar esse quadro "se afetar negativamente a confiança de recebimento dos bancos no crédito concedido, caso em que os spreads serão majorados", diz.
Fonte: Valor Econômico
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
3. PARCELAMENTO ESPECIAL PARA INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL

3. PARCELAMENTO ESPECIAL PARA INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL
3.1. Será concedido parcelamento de débitos para ingresso no Simples Nacional?
A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 prevê a concessão de parcelamento especial para ingresso no Simples Nacional, observado o seguinte:
deve ser requerido perante cada órgão responsável pelos respectivos débitos, tão-somente no período de 02.07.2007 a 20.08.2007;
pode ser concedido em até 120 parcelas mensais e sucessivas;
abrange débitos não parcelados anteriormente, relativos aos impostos e contribuições referidos nos incisos I a VIII do caput do art. 13 da LC nº 123, de 2006 (IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/Pasep, Contribuição para a Seguridade Social patronal, ICMS e ISS) de responsabilidade da ME ou EPP;
o parcelamento envolve os débitos relativos a fatos geradores ocorridos até 31.05.2007;
o valor mínimo da parcela mensal será de até R$ 100,00 (cem reais), considerados isoladamente os débitos para com a Fazenda Nacional, para com a Seguridade Social, para com a Fazenda dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal, alcançando inclusive débitos inscritos em dívida ativa;
o requerimento do parcelamento é condicionado à comprovação do pedido da opção pelo Simples Nacional;
o deferimento do pedido de parcelamento fica condicionado à apresentação dos documentos requeridos pela respectiva legislação de cada ente federativo e ao pagamento da primeira parcela.
Notas:
O indeferimento do pedido de parcelamento acarreta a exclusão do Simples Nacional, com efeitos retroativos a 01.07.2007.
Relativamente aos demais tributos não incluídos no Simples Nacional (IPTU, IPVA, II, taxas e outros), a regularização dos débitos deverá observar as condições estabelecidas pelas legislações dos respectivos entes federativos.
3.2. OS DÉBITOS DO SIMPLES FEDERAL, BEM COMO DOS REGIMES SIMILARES DE ESTADOS E MUNICÍPIOS PARA MICROEMPRESA (ME) E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP), PODEM SER PARCELADOS PARA INGRESSO NO SIMPLES NACIONAL?
Somente poderão ser objeto do parcelamento especial previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, os débitos relativos a fatos geradores ocorridos até 31.05.2007. Os demais débitos tributários poderão ser parcelados, porém nas condições estabelecidas pelas legislações dos respectivos entes federativos.
3.3. OS DÉBITOS RELATIVOS AOS FATOS GERADORES OCORRIDOS APÓS 31.05.2007 PODERÃO SER PARCELADOS?
Somente poderão ser objeto do parcelamento especial previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, os débitos relativos a fatos geradores ocorridos até 31.01.2006. Os demais débitos tributários poderão ser parcelados, porém nas condições estabelecidas pelas legislações dos respectivos entes federativos.
3.4. TODAS A MICROEMPRESAS (ME) E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (EPP) PODEM PARCELAR SEUS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS NAS CONDIÇÕES ESPECIAIS PREVISTAS PELO SIMPLES NACIONAL?
Não. Apenas as ME e EPP que comprovem pedido de opção pelo Simples Nacional poderão parcelar os seus débitos na forma prevista na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. O parcelamento deverá ser requerido do primeiro dia útil de julho de 2007 até o dia 20 de agosto de 2007. Em qualquer outra hipótese, os débitos tributários deverão ser parcelados nos termos das legislações dos respectivos entes federativos
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